O ex-secretário de Estado de Mato Grosso, Eder Moraes será novamente ouvido pela Justiça Federal na tarde de hoje (10), a partir das 13h30. O depoimento será prestado ao juiz da 5ª Vara da Justiça Federal, Jeferson Schneider. Ambos respondem a processo por crime contra o sistema financeiro, lavagem ou ocultação de bens, em processo originário da investigação da Polícia Federal batizada como ‘Ararath’. No período em que Eder de Moraes ocupava a cadeira de secretário da Sefaz (entre fevereiro de 2008 e março de 2010) Vivaldo Lopes Dias era o secretário-adjunto da pasta.
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Em recentes declarações à imprensa, Eder Moraes afirmou a inocência de Lopes. Ele declarou que Vivaldo Lopes apenas fazia a prestação de contas do Mixto Esporte Clube, na época em que ele presida o clube. Eder, após sair da prisão onde permaneceu por 81 dias, declarou que não está envolvido nas acusações descritas pela Polícia Federal.
A investigação da Polícia Federal aponta que foram realizadas transferências bancárias totalizando o valor de R$ 520 mil à empresa Brisa Consultoria e Assessoria, pertencente ao secretário adjunto do Tesouro de Mato Grosso, Vivaldo Lopes Dias. Esse montante, de acordo com o Ministério Público Federal, teria sido usado - no suposto esquema de lavagem de dinheiro tendo o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, como principal organizador.
Ainda segundo a Polícia, o dinheiro era empregado para abastecer um esquema destinado a políticos do Estado. As transferências – de acordo com demonstrativo encaminhado à Justiça Federal pela Polícia Federal – foram realizadas entre janeiro e março de 2010 por meio de contas da Globo Fomento e Comercial Amazônia de Petróleo, pertencentes ao empresário Júnior Mendonça (delator do esquema), de acordo com a Polícia Federal.
Vivaldo Lopes, por meio de sua defesa, nega qualquer ato criminoso.