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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

Notícias | Criminal

CASO JOSUÉ

Funcionários de hospital vão depor em processo contra pais denunciados por matar recém-nascido

Foto: Olhar Direto

O flagrante de assassinato foi feito pela delegada Anaíde Barros

O flagrante de assassinato foi feito pela delegada Anaíde Barros

Cinco servidores da Santa Helena de Cuiabá, uma investigadora da Polícia Civil serão intimados a depor na condição de testemunha sobre a morte do pequeno Josué Araújo de Souza, morto por seus pais na data de 6 de janeiro de 2014, em Cuiabá. A audiência será realizada na data de 17 de julho, a partir das 13h, na 14ª Vara Criminal de Cuiabá, presidida pelo juiz Murilo Moura Mesquita. Os pais do menino, Taianara Cardoso de Araújo e André Luis Pinto de Souza, foram denunciados pelo crime de homicídio qualificado, em que a vítima não possui recursos para defesa e por motivo torpe.

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A criança sofreu traumatismo craniano e tinha diversas mordidas, principalmente no rosto e abdome. Ambos foram presos em flagrante pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na casa deles, no bairro Ribeirão do Lipa. O flagrante de assassinato foi feito pela delegada Anaíde Barros.

O bebê Josué, de apenas 40 dias, foi jogado no chão durante uma discussão entre seus pais na data de 3 de janeiro de 2014, mas somente levado até uma unidade hospitalar três dias depois. Em declarações feitas à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Taianara afirmou que o menino sofreu uma queda depois de uma discussão entre ela e o marido.

Em depoimento ela afirmou que a discussão começou depois que ela percebeu que a criança tinha uma marca roxa na bochecha e nos olhos. Ratificouy que ambos passaram a brigar e “André” teria começado a ficar nervoso, sendo que nesse momento ele estava com o bebê no colo. Ela avançou em “André” a qual fez um gesto como que iria jogar o bebê no chão, mas não jogou e a discussão continuou e ele jogou o bebê no colchão que estava no chão. Que na manhã seguinte o bebê acordou chorando e não quis mais pegar o peito e a interroganda viu que o bebê estava com um pequeno “galo na cabeça.

Afirmou ainda que o bebê ficou o dia inteiro repuxando os membros, mas não tinha febre e continuava sendo alimentado por meio do potinho de margarina, sendo que por volta das 0h30, ela foi acordada por “André” a qual lhe disse que parecia que o coração do bebê havia parado. Eles pediram ajuda a um pastor para levar o menino ao hospital. Quando lá chegaram os enfermeiros acionaram a PM considerando as marcas que encontraram no menino já morto.

Já na versão apontada pelo rapaz, em depoimento junto à DHPP é a de que eles discutiram por causa do emprego temporário mas ela estava muito nervosa e mesmo com o bebê no colo, avançou nele e desferiu um tapa que acertou o pescoço do interrogando. Ainda apontou que “Tainara” tentou dar um segundo tapa e então ele pegou o bebê do colo dela e o jogou no colchão que fica no chão. Afirmou que ele estava em pé em cima do colchão e jogou-o no canto do colchão, dizendo que não foi com força. Declarou que o bebê começou a chorar no momento em que o interrogando o tirou do colo de “Tainara” a qual estava o amamentando no peito e continuou chorando depois da queda. Ele confessou que a marca na bochecha havia sido feita dias antes, mas negou que as marcas na “barriga” do bebê tenham sido feitas por ele.
Ele ainda disse que pediu para que a mulher esperasse para levar a criança ao postinho considerando que daria tempo para que passassem uma ‘pomadinha’ nas marcas e elas sumirem, pois corriam o risco do Conselho Tutelar tomar o bebê do casal se vissem as marcas no bebê.

André e Tainara foram presos em flagrante depois de levarem a criança para o hospital já morta e permanecem em unidades prisionais, mesmo com pedido de revogação de defesa dos dois denunciados, mediante manifestação contrária do Ministério Público Estadual (MPE). André que estava aguardando a instrução processual na Penitenciária Central do Estado (PCE) solicitou transferência para o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC). Já Taianara está na Penitenciária Ana Maria do Couto May.
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