Promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta, membro do Ministério Público de Mato Grosso, se manifestou contra concessão de liberdade ao policial militar Leonardo Qualio, alvo da Operação Gravatas. Documento é do dia dois de julho.

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Consta no pedido de liberdade que medida restritiva “não se faz necessária, diante da inexistência dos requisitos autorizadores da segregação cautelar, oportunidade na qual o custodiado invocou suas condições pessoais”.
 
Em sua manifestação, Ministério Público salientou que “o pedido em análise não passa de mera reiteração de postulação pretérita já aduzida pelo suprarreferido acusado”.
 
“Considerando que todos os elementos comprovam circunstâncias excepcionais a justificar a manutenção da prisão preventiva do custodiado, o indeferimento do pedido de revogação de prisão preventiva é medida que se impõe”, aponta o MP.
 
Em maio, o juiz Moacir Rogério Tortato, da 11ª vara Criminal de Cuiabá, Especializada em Justiça Militar, recebeu denúncia em face do policial militar Leonardo Qualio, acusado de atuar em favor da facção criminosa Comando Vermelho.
 
Qualio foi alvo da Operação Gravatas. Investigação da Delegacia de Tapurah apontou a existência de uma organização criminosa com a participação dos advogados e do policial militar.
 
O policial militar enviou ilegalmente dezenas de boletins de ocorrência para os advogados. Os boletins depois eram encaminhados aos líderes da facção criminosa que se encontram detidos no sistema penitenciário. Em tempo real, aqueles que mantinham a organização e o controle do tráfico de drogas conseguiam informações sobre a atuação policial, tanto da Polícia Civil quanto da Militar.
 
Além de Qualio, foram denunciados Hingritty Borges Mingotti, Jéssica Daiane Maróstica, Paulo Henrique Campos de Aguiar, Robson Júnior Jardim dos Santos, Roberto Luis de Oliveira, Tiago Telles e Tallis de Lara Evangelista