Cerca de 21 milhões de pessoas são vitimas do trabalho forçado em todo o mundo. A estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi apresentada em audiência pública no Senado, nesta segunda-feira (6), pela diretora do Escritório da Organização no Brasil, Laís Abramo. Ela alertou também para o fato de o problema não ser exclusividade do Brasil ou de países em desenvolvimento:
- Em pleno século 21, cresce as situações de trabalho forçado no mundo inteiro. A situação não está apenas nos setores informais de nações em desenvolvimento, mas nas cadeias produtivas de grandes empresas de países centrais – disse.
Segundo a representante da OIT, os lucros dos que exploram os trabalhadores chegam a US$ 30 bilhões por ano. No Brasil, ela adverte, embora a questão seja imediatamente associada ao setor rural, ocorre também em áreas urbanas, sobretudo na construção civil e na indústria têxtil, setores que aproveitam mão de obra de outros países, notadamente Bolívia e Paraguai.
A audiência pública é iniciativa da Subcomissão Permanente para Enfrentamento do Tráfico Nacional e Internacional de Pessoas e Combate ao Trabalho Escravo, que funciona no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado.
A reunião está sendo presidida pela senadora Ana Rita (PT-ES) e pode ser acompanhada pela internet: www.senado.leg.br
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