Morosidade no julgamento dos processos, sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJE) que não funciona adequadamente no interior por causa da internet, problemas com relação a não intimação de partes processuais devido a falta de estrutura de trabalho dos oficiais de justiças. Essas foram as principais reclamações dos conselheiros da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso (OAB), ao futuro presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Orlando de Almeida Perri.

Perri participou na manhã desta sexta-feira (22) da em sessão do Conselho Seccional, na sede da OAB/MT, a convite do presidente do presidente da Casa, Maurício Aude. O objetivo da reunião com o magistrado, segundo ele, é justamente contribuir com o bom funcionamento da justiça.

“Queremos colaborar no que for necessário para que tenhamos uma prestação jurisdicional célere e a participação dos conselheiros será fundamental para alcançarmos esse objetivo, pois cada expôs diretamente ao desembargador as dificuldades enfrentadas no dia a dia da profissão”, ressaltou.

Segundo os juristas no interior, o Processo Judicial Eletrônico (PJE), atualmente em fase de implantação, é inacessível por causa do sinal de internet. Outro ponto observado é o fato de com o PJE não se ter mais acesso ao processo ao processo físico.

Com relação a morosidade da Justiça em Mato Grosso, os advogados observaram que um processo que demoraria 3 a 6 meses para ser julgado normalmente, aqui chega a demorar de 2 a 3 anos.

O desembargador ouviu atentamente as reclamações e admitiu as falhas do Poder Judiciário. Em sua fala aos advogados ele reconheceu a morosidade dentro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

“Sei que essas deficiências existem no trâmite dos processos e vou priorizar essas demandas quando assumir a presidência”, finalizou o desembargador que assume no próximo mês a presidência no lugar de Rubens de Oliveira.