A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, manteve a prisão do terceiro sargento da Polícia Militar, Adelso Francisco dos Santos, preso no último dia 4 de novembro pela Polícia Federal acusado de integrar uma organização criminosa formada por policiais e ex-policiais, civis e militares, voltada ao tráfico de drogas e extorsão.
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Adelso foi preso em São Paulo durante a "Operação Cérberus", da Polícia Federal. Na casa do PM, que fica em Cuiabá, foram apreendidas armas de fogo e munições.
A defesa do sargento entrou com um processo no STJ após ter o pedido de liberdade negado pelo Tribunal de Justiça.
A defesa sustentou que Adelso fosse liberado por ocorrência de constrangimento ilegal, uma vez que há excesso de prazo para formação da culpa, já que o agente está preso há mais de dois anos.
Ressaltou, que já se passaram mais de 1 ano e 3 meses desde o interrogatório do paciente e o processo está há 3 meses sem qualquer movimentação, apenas aguardando a prolação da sentença, a qual não possui previsão.
Mesmo assim, Adelso teve o recurso negado pela presidente.
A Operação
A 'Operação Cérberus', deflagrada pela PF, cumpriu sete mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária, um deles contra Adelson Francisco dos Santos.
A operação teve como objetivo a prisão das lideranças e a descapitalização patrimonial da organização criminosa, a fim de evitar a formação de uma possível milícia no Estado de Mato Grosso.