O juiz de direito Conrado Machado Simão determinou, em audiência de custódia, a soltura do motorista F.R.A.R, 26 anos, responsável por dirigir a Saveiro que colidiu contra um poste e capotou, no último sábado (16), em Barra do Garças (518 km de Cuiabá). No acidente, faleceu a companheira dele, Kemily Venâncio Resende, de 18 anos. Ela faria 19 anos neste domingo de Páscoa (17) e celebraria na casa da mãe.
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Na decisão, o magistrado considerou que o suspeito possui endereço fixo e não tem antecedentes criminais. Conrado também cita que a prisão é uma medida de exceção e deve ser mantida ou decretada em casos extremos, o que não ocorre na situação em questão.
Contudo, o juiz afirma que as medidas cautelares se mostram suficientes como uma alternativa à prisão. Sendo assim, ficou determinado a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motorista e o comparecimento a todos os atos do processo, bem como manter o endereço atualizado.
O descumprimento das medidas pode implicar em prisão preventiva.
Depoimento
Conforme versão do motorista, que é da cidade de Rondonópolis, por volta das 17h ele e a namorada saíram para passear em Barra do Garças. O casal abasteceu o carro, passou em um açougue e se dirigiu até uma distribuidora de bebidas, onde compraram três caixas de cerveja.
Depois disso, eles teriam retornado para casa e já no período da noite, seguiram para residência da mãe de Kemily, no bairro Nova Barra. O motorista afirmou que não conhecia o trajeto e que estava a 60 km/h. Disse também que deu preferência para um carro ultrapassar, só que perdeu controle da direção na pista, que tinha trepidações e buracos.
Após isso, o motorista afirma não se lembrar mais de nada e quando recobrou a consciência, já estava fora da Saveiro. Ele negou que tenha ingerido bebida alcoólica e acrescentou que recusou o teste, pois na madrugada daquele dia, por volta de 3h, havia bebido cerveja e estava com medo de constar no bafômetro.
No interior do carro havia uma garrafa de bebida alcoólica parcialmente consumida e ele disse que já havia comprado aberta.
Sobre o celular de uma funcionária que ele teria quebrado no hospital, o homem disse que a mulher teria tirado o lençol do rosto de Kemily e mostrado para outra pessoa em uma videochamada.
