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Sábado, 04 de maio de 2024

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Desembargadora suspende processo contra advogado por desvio de R$ 1,1 milhão na Câmara de Cuiabá

Foto: Reprodução

Rodrigo Terra Cyrineu

Rodrigo Terra Cyrineu

A desembargadora Antonia Siqueira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, determinou a suspensão de um processo, por improbidade administrativa, em face do advogado Rodrigo Terra Cyrineu. A decisão é do dia 18 de novembro. No mesmo caso, o ex-vereador João Emanuel consta na lista de réus.

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O juiz Luís Aparecido Bertolucci Júnior, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, foi o responsável por receber o processo. Ao total, seis pessoas constam na lista de requeridos. O caso versa sobre um desvio de aproximadamente R$ 1,1 milhão. O bloqueio de R$ 1,5 milhão na conta dos réus foi determinado. Cyrineu foi o responsável, conforme o Ministério Público de Mato Grosso, pela assinatura de um parecer.

Em agravo de instrumento, o advogado argumentou sobre irregularidades na decisão que recebeu a inicial em seu desfavor. Conforme os autos, a existência de irregularidades no procedimento licitatório não pode, por si só, justificar o recebimento da petição inicial contra parecerista.

Acatando os argumentos do advogado, a desembargadora determinou a suspensão do processo, em face somente do réu, até o julgamento do mérito do agravo de instrumento.

O caso

Trata-se de ação proposta pelo Ministério Público Estadual em face de João Emanuel Moreira Lima, Aparecido Alves de Oliveira, Renan Moreno Lins Figueiredo, Rodrigo Terra Cyrineu, Gleisy Ferreira de Souza e Maksuês Leite, objetivando a condenação destes às sanções da Lei de Improbidade Administrativa, bem como ao ressarcimento à Câmara Municipal.

Mesmo com a ordem de bloqueio, foram encontrados apenas: R$ 70, 25 nas contas de Renan Moreno, R$ 9.375,25 nas contas de Rodrigo Cyrineu, R$ 1.344,53 nas contas de Aparecido Alves, R$ 30,16 nas contas de Gleisy Ferreira de Souza. Nada foi encontrado nas contas de João Emanuel Moreira Lima e Maksuês Leite.

Segundo o Ministério Público, o requerido João Emanuel Moreira Lima, valendo-se da condição de Presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, fora o mentor de um esquema de desvios de dinheiro público, contando, para tanto, com a efetiva colaboração dos demais requeridos.

Os nomes, conforme o órgão ministerial, fraudaram contrato licitatório para a aquisição de material gráfico junto à empresa Propel Comercio de Materiais para Escritório Ltda., via a compra simulada em quantidades ultrajantes, quando na verdade, somente ocorriam os pagamentos sem que houvesse a efetiva entrega.

O Ministério Publico afirma que João Emanuel, visando a prática da fraude em comento, estruturou o esquema com a nomeação dos também requeridos em postos estratégicos da Câmara Municipal, tudo para que o desvio de dinheiro público pudesse ocorrer sem sobressaltos. O requerido Aparecido Alves de Oliveira fora nomeado como Secretário Geral da Câmara, Renan Moreno Lins de Figueiredo ocupou a Chefia do Almoxarifado daquela Casa e Rodrigo Terra Ciryneu a chefia do Jurídico da Câmara Municipal.

Após a instrução processual, no mérito, o pedido é pela devolução de R$ 1,6 milhão.

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