A Justiça Federal manteve o bloqueio sobre os valores depositados nas contas bancarias do empresário e ex-sócio da Encomind Engenharia, Rodolfo Auérlio Borges de Campos. A decisão, publicada nesta quinta-feira (22), foi proferida pelo magistrado Jeferson Scheneider, da quinta Vara Federal. Eder Morais, delator nas investigações da Ararath, também é réu no processo que determinou o bloqueio.

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Conforme os autos, Rodolfo teria participado do esquema de Lavagem de dinheiro, Corrupção ativa e corrupção passiva junto à empreiteira. Todas as informações que compõe o processo foram colhidas durante as investigações da Operação Ararath. Com a participação no esquema, a Encomind obteve favorecimento na lista de precatórios a serem pagos pelo estado, ato considerado inconstitucional, por não respeitar a ordem cronológica determinada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

O empresário Rodolfo Campos, do ramo da construção civil, e o ex-secretário de Estado Eder Moraes, segundo o MPF, articularam o pagamento superfaturado em mais de R$ 61 milhões de uma dívida do Governo do Estado com a construtora Encomind. os valores pagos pelo Governo do Estado pela via administrativa somaram R$ 80.044.577,07. Conforme os autos, considerando os valores pagos, foi constatado o superfaturamento R$ de 61.059.711,75.

O suposto esquema de desvio e lavagem de dinheiro apresentava como pilar central o empresário Junior Mendonça, homem responsável por negociar empréstimos pessoais, pagos posteriormente com dinheiro sujo, neste caso, fruto das relações com a Encomind, servindo ao interesse de determinados nomes da classe política de Mato Grosso. Através do sistema conta-corrente Silval e Maggi teriam contraído créditos irregulares.