A onda de protesto que há duas semanas sacode o país tomou contra do Congresso Nacional, em Brasília, em uma noite histórica para jovens e adultos que ocupam neste momento parte da chapelaria e da rampa que dá acesso à sede do Poder Legislativo.

O dia 17 de junho nunca mais será o mesmo. Foi quando no ano de 2013 manifestantes puderam extravasar a sua angústia e  revolta diante dos graves problemas do país.

Faixas, cartazes, apitos, bandeiras, fazem parte do ato que se iniciou em São Paulo, por conta dos preços das passagens de ônibus, e acabou espalhando pelo Brasil, por cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Cuiabá e agora Brasília.

As palavras de ordem entoadas são as mais variadas, incluindo gritos contra Feliciano, contra os políticos corruptos e outras causas e até contra a PEC 37, que retira do Ministério Público e de outros órgãos o poder de investigação. Também gritavam palavras de ordem. “Ih, ferrou, o gigante acordou, o povo acordou”.

Manifestação em caminhada da Copa chama a atenção e divide opiniões; veja fotos

O peso do povo que subiu a rampa do Congresso fez sacudir as estruturas desta edificação que por décadas têm conduzido os homens mais poderosos dessa nação. O tremor se assemelhou a um terremoto e provocou um princípio de pânico. Mesmo assim, os manifestantes demonstram que não vão desocupar o local por tão cedo.

A situação é tensa e a Polícia Militar montou uma barreira que impede a passagem dos manifestantes para o interior do Congresso Nacional. O trânsito no entorno está bloqueado, a orientação da Mesa Diretora da Câmara e do Senado é para que os servidores permaneçam nas dependências do prédio. Todas as entradas estão fechadas pela segurança das duas Casas.

Manifestantes chegam ao Congresso Nacional e polícia faz cordão de isolamento

A polícia também cercou o Palácio do Planalto, sede do Governo Dilma Rousseff, localizada a poucos metros do Congresso. A presidente já se retirou do Palácio do Planalto e se encontra no Palácio da Alvorada. Por meio de nota, Dilma classificou como "legítimo" o protesto dos jovens.

A PM contabilizou cerca de 10 mil manifestantes. O ato foi chamado de “Marcha do Vinagre”, pois o tempero serve como antídoto em caso de uso de gás lacrimogênio pela força policial.

Atualizada 18/06 às 9h20