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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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OAB vai remeter denúncia contra advogado preso pelo Gaeco para Tribunal de Ética e Disciplina

Foto: Reprodução

OAB vai remeter denúncia contra advogado preso pelo Gaeco  para Tribunal de Ética e Disciplina
A denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra o advogado Almar Busnello, acusado de envolvimento com esquema de venda de decisão judicial e preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) durante Operação Assepsia, será encaminhada pela diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso (OAB-MT), para o Tribunal de Ética e Disciplina para verificar possíveis infrações ético-disciplinares.

“O TDP já obteve a cópia da denúncia e vamos remeter ao TED para dar andamento ao processo junto à OAB/MT assegurando todos os direitos de defesa ao advogado denunciado. Porém, antes de tudo verificamos se as prerrogativas profissionais dele estavam sendo respeitadas, conforme preconiza o Estatuto da Advocacia”, explicou o presidente da OAB/MT, Maurício Aude.

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De acordo com informações da OAB/MT, o presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas, Luiz da Penha, foi ao Gaeco para verificar a situação da prisão do advogado. “Assim que cheguei fui informado do envio de um ofício para o Comando-Geral da Polícia Militar buscando preparar uma Sala de Estado Maior para acolher o advogado preso. Isso é resultado de nossas atuações anteriores em busca do cumprimento das nossas prerrogativas profissionais. E assim que solicitei já recebi a cópia da denúncia”, disse.

Almar foi preso por tentativa de corrupção do assessor do juiz da Vara de Combate ao Crime Organizado, José de Arimatéia. Ele ofereceu R$ 1 milhão para que o assessor ‘convencesse’ Arimatéia a fazer a ação referente à soltura da família de traficantes Pagliucas (presa durante operação Mahyah) ‘subir’ para TJMT para que então fosse julgada pelo desembargador ‘fechado’ com ele.

Por três vezes houve a tentativa de corrupção do assessor do juiz. Primeiro, por parte do bacharel em direito Marcelo Santana, depois por pelo advogado Almar Busnello e posteriormente pelo funcionário do Tribunal de Justiça de Mato Grosso Clodoaldo Souza Pimentel, que ofereceram a ele valores que oscilaram de R$ 1 a 1,5 milhão.

Por se tratar de uma organização criminosa, a referida ação penal tramitava na Vara Especializada contra o Crime Organizado, em Cuiabá. Foi então que o assessor contou para o juiz as tentativas de corrupção e ele ordenou que a denúncia fosse feita ao Gaeco. O grupo começou a investigar o caso e descobriu que eles agiam a mando do dono de um posto de combustível Prime, que funciona em Várzea Grande, Milton Rodrígues da Costa, tido como o principal mentor das investidas.

Todos os denunciados pelo MPE estão presos, exceto Adalberto Pagliuca que desde o habeas corpus concedido por Ornellas está foragido. Milton havia sido pela Polícia Federal na quinta-feira passada, durante operação da Polícia Federal.
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