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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Presidente sanciona vale-cultura de R$ 50 para trabalhador

Foto: Ministério da Cultura

Acompanhada de Marta Suplicy e Ideli Salvatti, presidenta Dilma sanciona Vale-Cultura

Acompanhada de Marta Suplicy e Ideli Salvatti, presidenta Dilma sanciona Vale-Cultura

O vale-cultura de R$ 50 mensais para trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos foi sancionada, nesta quinta-feira (27), pela presidente Dilma Rousseff. A verba deverá ajudar os trabalhadores a adquirirem produtos culturais, como ingressos para cinemas, teatros, livros, DVDs, CDs etc.

As empresas interessadas em oferecer o vale-cultura a seus empregados poderão deduzir o valor do imposto de renda devido até o exercício de 2017. Essa dedução fica limitada, entretanto, a 1% do IR a pagar. O trabalhador também poderá ajudar a financiá-lo por meio do desconto de até 10% de seu valor em seu salário mensal.

Para uem ganha mais de cinco salários mínimos por mês, o vale-cultura também poderá ser disponibilizado desde que seu empregador tenha atendido aos demais funcionários que recebem remuneração inferior. Para viabilizar a concessão desse auxílio, poderão sofrer desconto de 20% a 90% do respectivo valor em sua remuneração mensal, de acordo com sua faixa salarial.

Todas estas medidas estão reunidas na Lei nº 12.761/2012, que instituiu o Programa de Cultura do Trabalhador, ao qual o vale-cultura está vinculado. A princípio, esse crédito de R$ 50 deverá ser disponibilizado por meio de cartão magnético. Mas os prazos de validade e as condições de utilização do vale-cultura precisam ser definidos ainda em regulamento específico.

Os trabalhadores só vão poder desfrutar das vantagens do vale-cultura depois que o governo federal regulamentar a Lei nº 12.761/2012, o que deve ocorrer nos próximos dois dias.

Mau uso

A Lei do Programa Cultural do Trabalhador também estabelece uma série de punições em caso de irregularidades na operação do vale-cultura. Caso o benefício seja usado indevidamente, as empresas poderão ter a inscrição no programa cancelada, serão obrigadas a recolher o valor do benefício fiscal desviado, pagarão multa correspondente ao dobro do valor da vantagem obtida indevidamente e ficarão proibidas de negociar financiamentos oficiais, contratar com a administração pública e desfrutar de benefícios fiscais por dois anos.

O projeto (PLC 114/2012) que originou a lei do vale-cultura foi apresentado pela deputada federal Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) e, segundo o relator ad hoc da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), era praticamente idêntico a outra proposta encaminhada ao Congresso pelo Poder Executivo, fruto de estudos do Ministério da Cultura com representantes dos setores artístico e cultural do país.
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