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Sábado, 04 de maio de 2024

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TARANTINO CUIABANO

"Tarantino" e rapaz que matou por dívida de R$ 15 vão à júri popular em janeiro; confira casos

Foto: Divulgação

Quentin Tarantino é um reverenciado cineasta norte-americano, reconhecido, dentre outras coisas, por abusar de cenas de violência em seus filmes. Curiosamente, em Cuiabá, um rapaz cujo apelido é o popular sobrenome do diretor, agiu de forma tão violenta quanto algumas cenas tarantinescas. Por conta disso, vai a júri popular dia 25 de janeiro, às 13h30, em sessão presidida pela juíza Monica Catarina Perri Siqueira, titular da 1ª Vara Criminal da capital. Além deste, a magistrada preside os outros seis casos que serão julgados pelo Tribunal do Juri no primeiro mês do ano, dentre eles uma morte decorrente de uma dívida de R$ 15.

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O caso envolvendo Lourenço de Arruda Campos, o ‘Tarantino’ cuiabano, aconteceu no dia 17 de março de 1997, no bairro Parque Geórgia. Na ocasião, ele e dois amigos iam pescar quando o veículo colidiu com o de José Dimas Alves. Entretanto, por estar na contramão, ‘Tarantino’ se recusou a chamar a perícia e preferiu “acertar o caso do seu jeito”.

Foi então que sacou uma arma e efetuou vários disparos contra a vítima, que se escondeu atrás de seu veículo e não foi atingido. Porém, de acordo com a denúncia, Tarantino objetiva matá-lo e só desistiu depois de esgotar a munição de seu revólver calibre 38.

Em depoimento, o réu afirmou que agiu em legítima defesa, pois José teria atirado primeiro. No entanto, outras testemunhas e o laudo pericial refutaram esta tesa.

Mortes por R$ 15 e por bicicleta

No dia 27 de janeiro, Arnaldo Alves dos Santos irá a júri pela morte de Jonas Soares da Costa, ocorrida em outubro de 2005, no bairro Jardim Vitória. Segundo a denúncia, após discutirem e se agredirem fisicamente por uma dívida no valor de R$ 15, vítima e acusado sinalizaram uma trégua. Contudo, pouco tempo depois, Arnaldo teria efetuado disparos à queima roupa contra Jonas.

Já no dia 29, será a vez de Genivaldo de Souza Oliveira ser julgado pela morte de Branco, ocorrida em dezembro de 2002, nos fundos de um hotel fazenda da capital, no bairro Coophema. Segundo os autos, o réu deu R$ 45 para a vítima comprar maconha. Com a substância em mãos, ambos fumaram.

Porém, subitamente, Genivaldo desferiu golpes de faca contra a vítima. E, após matá-la, foi embora. No dia seguinte, com a ajuda de Antônio de Souza Rodrigues, fizeram uma cova e enterraram o corpo. Em depoimento, ele confessou o crime e explicou que fui tudo premeditado, pois Branco havia furtado sua bicicleta e mais R$ 50.

Outras mortes por motivos fúteis

O primeiro julgamento do mês será de Henrique Rodrigues dos Santos, no dia 21, pelo assassinato de Edson Francisco Nascimento, ocorrido em julho de 2000, no bairro Pedra 90. Segundo denúncia do Ministério Público, o réu e Alexsandro Castro Silva (já falecido) teriam matado Edson com disparos de arma de fogo na cabeça e na clavícula. Henrique será julgado por homicídio qualificado pela utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.

No dia seguinte, 22, Jean Pereira Rodrigues será julgado pelo assassinato de Sérgio Amorim Ribeiro. O crime ocorreu em agosto de 2004, no bairro Jardim Renascer. Na ocasião, o acusado atirou várias vezes contra a vítima, em razão de Jean ter “mexido” com a namorada de Sérgio. Ambos se desentenderam, mas tiveram os ânimos apaziguados pelos presentes. Porém, quando o casal ia embora, Jean o abordou e desferiu os disparos. Ele vai responder por homicídio qualificado.


Já no dia 28 o julgamento será da comerciante Marilene Santos Ramos, acusada de matar Getúlio Rafael em agosto de 1992, no bairro Canjica. O crime teria ocorrido no bar da própria Marilene, após uma breve discussão originada de uma proposta de relacionamento íntimo. A denunciada teria atirado contra a vítima usando uma garrucha calibre 22. A vítima faleceu em decorrência dos ferimentos sofridos.

Entre Franciscos

No dia 26 será a vez de Francisco Gomes de Oliveira ser julgado pela tentativa de homicídio contra Francisco Alves de Oliveira, datada do dia 23 de junho de 2006, no Bairro Dom Bosco. O ditado popular diz que pau que bate em Chico, bate em Francisco. Porém, entre estes Franciscos, o instrumento utilizado para a agressão foi uma faca. O réu esfaqueou a vítima e causou vários ferimentos. Mas felizmente o rapaz sobreviveu, contrariando a vontade do acusado.

Confira a lista dos casos que serão julgados em janeiro aqui.

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