A desembargadora Serly Marconde Alves, plantonista na Câmara Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou pedido de liberdade em habeas corpus protocolizado pelo ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, preso, no dia 15 de setembro, em consequência da Operação Sodoma, responsável por investigar fraudes valoradas em R$ 2,6 milhões em incentivos fiscais concedidos pelo governo de Mato Grosso, liderado, na ocasião, por Silval da Cunha Barbosa (também preso).
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A derrota judicial de Nadaf, datada do dia 30 de dezembro (ainda não publicada do Diário de Justiça), não é a primeira Em instância inferior, o desembargador Alberto Ferreira de Souza, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou pedido de liberdade feito em habeas corpus. Em sua decisão, o magistrado citou que existem nos autos fortes indícios de que a organização criminosa estaria articulando várias formas para tentar impedir que as fraudes sejam descobertas. Posteriormente, o colegiado confirmou liminar de Ferreira
No Superior Tribunal de Justiça, o ministro Ericson Maranho, atuante na Sexta Turma, também negou liminarmente Habeas corpus rogado pelo ex-secretário da Casa Civil, no dia 21 de outubro. Atualmente outro procedimento aguarda decisão do ministro Francisco Falcão.
A defesa de Nadaf solicitou a soltura sob a alegação de que ele havia sofrido constrangimento ilegal com a prisão, decretada pela Sétima Vara Criminal da Comarca da Capital, por determinação da juíza Selma Rosane de Arruda, no curso das investigações acerca de suposta organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro.
A operação Sodoma prendeu, ainda, o ex-governador Silval Barbosa e o ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi. A investigação acontece no âmbito de inquérito policial que investiga uma organização criminosa composta por agentes públicos que ocuparam cargos do alto escalão do Governo do Estado nos anos de 2013 e 2014.
Todo procedimento foi realizada em conjunto pela Delegacia de Combate à Corrupção, Ministério Público Estadual, Secretaria de Fazenda de Mato Grosso e Procuradoria Geral do Estado, com apoio do Sistema de Inteligência do Estado.