Após oito horas de julgamento, o ex-soldado do Exército Brasileiro, Jeanderson Xavier Rangel, de 25 anos, foi sentenciado a 43 anos e dez meses de prisão pelo assassinato de sua ex-namorada a estudante de direito Ariely Lopes Vieira, 23, e do filho Emilton Jorge Neto, 4 anos. O crime foi registrado em novembro de 2012 na casa da jovem, no bairro Serra Dourada, em Cuiabá. O julgamento foi realizado no Tribunal do Júri em Cuiabá.

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Réu confesso das mortes, ao contrário do que havia informado durante fase de oitivas no processo, ele declarou que o disparo contra a criança foi acidental.

A juíza Mônica Catarina, presidente do Tribunal do Júri, considerou duas qualificadoras para a morte da jovem, motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Quanto ao assassinato do pequeno, foram três qualificadoras empregadas para a somatória da pena, motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Como a criança possui apenas quatro anos, sua pena foi aumentada em 1/3.

Três dias após o crime, durante depoimento ao delegado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), João Bosco, ele declarou que o assassinato foi motivado por um pedido da jovem Kethlyn Jackelyne, que era sua namorada e que teria ciúmes de Ariele. Kethlyn também foi indiciada por homicídio.

Testemunhas disseram que Ariele foi morta com vários tiros, na varanda da casa. Ela teria corrido para o quarto onde estava o filho, onde foi atingida por mais disparos. O menino, que dormia na cama, foi executado com um tiro na cabeça. Em depoimento à polícia, Jeanderson disse que foi até a casa da ex-namorada e acabaram discutindo sobre o pagamento de pensão alimentícia.

*Atualizada 11h33