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Sábado, 04 de maio de 2024

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Reeducandos terão a chance de trabalhar

Nesta quinta-feira (05), instituições parceiras envolvidas no projeto que visa inserir a mão de obra de reeducandos em frentes de trabalho na Capital voltaram a se reunir para dar andamento à iniciativa. O juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da Segunda Vara Criminal de Cuiabá (Execuções Penais), reuniu em seu gabinete os responsáveis por tornar o projeto Conquistando a Liberdade em realidade. “A ideia é que os reeducandos do regime fechado trabalhem em mutirões de forma voluntária. Vamos selecionar pessoas com o perfil adequado que poderão trabalhar e também dedicar duas horas do seu dia à qualificação profissional”, destaca o magistrado.

Conforme combinado ontem (04) com o prefeito Mauro Mendes, o secretário municipal de Serviços Urbanos (SMSU), José Roberto Stopa, participou do encontro de hoje e garantiu o auxílio da Prefeitura Municipal de Cuiabá ao projeto. “Vamos contribuir para que o cidadão seja inserido de forma inclusiva na sociedade. A princípio trabalhamos com 40 vagas, mas esse número poderá ser aumentado. Vamos aguardar o estudo que vai ser realizado por essa comissão formada hoje e depois vamos firmar o convênio e dar início ao trabalho prático”, diz Stopa. A Prefeitura já se comprometeu a viabilizar o transporte, capacitação, alimentação, vestuário e materiais para que os trabalhos possam ser realizados.

De acordo com o diretor do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), Winkler Freitas Teles, na próxima semana o grupo deve analisar o histórico dos reeducandos e separar um grupo com perfil adequado para integrar a primeira turma do Conquistando a Liberdade. “Essa será uma boa oportunidade para os reeducandos. Temos a função de ressocializar para reintegrá-los à sociedade um dia. Se um preso fica na penitenciária sem trabalho, educação e religião, dificilmente vai se recuperar”, destaca. O presidente da Comissão de Direito Penal e Processo Penal (CDPPP) da OAB/MT, Waldir Caldas Rodrigues, também aprova a iniciativa. “O projeto proporciona a ‘quebra’ da ociosidade, que é o grande mal do sistema prisional”.

O juiz Geraldo Fidelis ressalta que em Cáceres, município localizado a 225km de Cuiabá, 15 presos já participam de iniciativa semelhante. “A sociedade vai ver que aqueles que violaram direitos estão pagando por seu crime com o trabalho. Essa iniciativa, voltada a humanizar a pena, tem caráter pedagógico e trará bons resultados”, observa. Na reunião de hoje os parceiros discutiram a possibilidade de serem ofertadas 50 vagas, sendo 30 para homens e 20 para mulheres. Eles poderão atuar em diferentes frentes de trabalho, como capina, poda de árvores, jardinagem, limpeza, pintura, reformas, entre outros.

Também participaram do encontro os promotores de Justiça Joelson Maciel e Célio Wilson de Oliveira, que vão colaborar para a fixação dos requisitos necessários para que o preso participe da iniciativa, e o assessor jurídico da SMSU, Fred Gadonski.
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