Polícia Federal (PF) avaliou em R$ 79,5 mil as oito bolsas de luxo apreendidas em nome de Camila Nunes Guimarães Kuhn. A empresária, alvo da Operação Miasma, da Polícia Federal (PF), é casada com Ernani Kuhn, sobrinho de Márcia Pinheiro, primeira-dama de Cuiabá. Camila pediu a restituição dos bens.
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Procurador da República Erich Raphael Masson, do Ministério Público Federal (MPF), havia requerido a intimação da Polícia Federal (PF) para informar se oito bolsas de luxo apreendidas em nome de Camila Nunes Guimarães Kuhn “interessam ao processo”.
Em resposta, ao indicar o valor de R$ 79,5 mil, a PF argumentou que a avaliação foi “conservadora”, sobretudo, pelo fato de as bolsas serem usadas, o que traz dificuldades técnicas para a mensuração de seu real preço.
Passando ao interesse para a investigação, PF afirmou que a custódia de itens de elevado valor não possui qualquer finalidade probatória. A apreensão de itens desta natureza se destina, ao contrário, a assegurar a reparação do dano causado pela conduta ilícita ou impedir que o infrator se beneficie com a prática do fato criminoso.
Assim, segundo a PF, é indispensável que o Ministério Público Federal, na condição de titular da ação penal, se manifeste sobre a utilidade da apreensão para a possível reparação do dano.
A Operação investiga fraude em licitação para contratação de vans e ambulâncias pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Além de Ernani Rezende Kuhn e Camila Nunes Guimarães Kuhn, também constou como alvo Antônio Ernani Kuhn, irmão de Márcia. Conforme apurado pelo Olhar Direto, entre os bens apreendidos durante cumprimento de mandados estão celulares, computadores e relógios da marca Rolex, TAG Heuer e Hublot. Há ainda a descrição de itens identificados como joias: conjuntos de brincos, pulseiras, colares e anéis
Confira os bens avaliados
Bolsa de cor bege da marca Chanel, em couro, com alça dupla de mão e partes metálicas prateadas com gravações alusivas à marca. Presente código serial afixado a uma aba em couro no interior da bolsa e selo holográfico, com indicativo de ser autêntica. Fabricada na Itália e avaliada em R$ 8.000.
Bolsa tiracolo de cor preta da marca Chanel, em couro, partes metálicas prateadas com gravações alusivas à marca. Presente código serial afixado e certificado de autenticidade, com indicativo de ser autêntica. Fabricada na França e avaliada R$ 40.000.
Bolsa de cor preta da marca Gucci, em couro, aplicação de flores bordadas, tachas douradas nas bordas, fivela frontal e corrente em material envelhecido. Código serial afixado, com indicativo de ser autêntica. Fabricada na Itália e avaliada em R$ 8.000.
Bolsa de cor branca da marca Gucci, em couro, alça dupla, tachas douradas no fundo. Código serial afixado. Não foram encontrados elementos técnicos comparativos suficientes do modelo em site oficial da marca ou em sites especializados em comércio de bolsas, não sendo possível atestar sua autenticidade. Fabricada na Itália e avaliada em R$ 2.000.
Bolsa de cor azul da marca Hermes - Paris, em couro, encaixe giratório na parte frontal com cadeado, com indicativo de ser autêntica. Fabricada na França e avaliada em R$ 2.500.
Bolsa de cor branca da marca Christian Dior, em couro, com alça dupla de mão com pendentes 'D.I.O.R' em ferragens prateadas. Presente código serial afixado a uma aba em couro no interior da bolsa, com indicativo de ser autêntica. Fabricada na Itália e avaliada em R$ 10.000.
Bolsa de cor preta da marca Prada Milano, reedition 2005, em croché. Presente certificado de autenticidade em cartão polímero, com indicativo de ser autêntica. Fabricada na Itália e avaliada em R$ 7.000.
Bolsa de cor vermelha da marca Gucci, em couro, alça longa de ombro, ferragens douradas. Presente código serial, ausentes outros elementos técnicos comparativos capazes de atestar a sua autenticidade. Fabricada na Itália e avaliada em R$ 2.000.
