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Terça-feira, 03 de setembro de 2024

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Defensoria pede retomada de equoterapia para crianças com deficiências; prefeitura diz que atendimento não foi suspenso

Foto: Assessoria

Defensoria pede retomada de equoterapia para crianças com deficiências; prefeitura diz que atendimento não foi suspenso
Após o atendimento da equoterapia para cerca de 200 crianças e adolescentes portadoras de autismo, microcefalia, hidrocefalia, TDH e outras deficiências e transtornos ser suspenso, a Coordenadoria de Ações Difusas e Coletivas da Defensoria Pública de Mato Grosso oficiou a Secretaria Municipal de Educação de Cuiabá para que retome imediatamente o tratamento.


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No documento, também é solicitado o motivo da suspensão do recurso terapêutico utilizado pelos atendidos do Grupo de Mães de Especiais da Capital.  A Secretaria informou ao Olhar Direto que, na verdade, o atendimento não foi suspenso e que responderá a defensoria assim que for notificada.

Um grupo de cinco mães procurou a Defensoria Pública na segunda-feira (23) informando que o tratamento - único dos vários mantidos para esse público no Sistema Único de Saúde (SUS) - foi suspenso no dia 16 de dezembro de 2022, com previsão de retorno no dia 16 de janeiro de 2023.

Porém, ao buscar o serviço nos dois ranchos que fazem o tratamento, o grupo foi informado da suspensão, sem conhecer o real motivo e ou prazo para retorno das atividades.

Uma das mães prejudicadas, a dona de casa Maricélia Rodrigues Lara afirmou que a equoterapia era a principal atividade no tratamento de seu filho de dez anos, portador de autismo e comorbidades como TDH e transtorno desafiador opositor. Ao chegar no rancho onde acontecia a terapia, ela foi informada que as atividades estavam suspensas e que deveria procurar a prefeitura.

Maricélia afirmou que, na companhia de outras mães, procurou a Prefeitura de Cuiabá que, por sua vez, disse que os ranchos estavam inadequados. Depois, que as crianças tinham antes que passar por uma avaliação e depois, que há uma lista de novas crianças que precisam do tratamento e por isso, precisavam analisar quais seriam desligadas.

Na segunda-feira o Grupo de Mães esteve no Núcleo da Defesa da Infância e da Adolescência de Cuiabá solicitando apoio da Defensoria Pública para a solução do problema. De lá, elas foram levadas, em carros da Instituição para a Coordenadoria de Ações Difusas e Coletivas, responsável por mover ações coletivas e receberam o atendimento.

A defensora pública Rosana Leite, que atua na Coordenadoria de Ações Coletivas, informou que a suspensão do tratamento impacta diretamente no desenvolvimento motor, psicológico, neurológico e fisiológico das crianças e adolescentes, segundo o relato das mães, e que, ele não pode ser suspenso sem autorização médica.

Procurada pela reportagem, a prefeitura informou que irá responder à Defensoria Pública quando for notificada e que o atendimento de equoterapia não foi suspenso.

Além disso, afirmou que equipe da Coordenadoria de Educação Especial está analisando os relatórios encaminhados para avaliar as habilidades desenvolvidas por cada estudante, bem como fazendo as intervenções necessárias para melhorar o atendimento.

A pasta informou ainda que, na medida em que as informações sobre os relatórios dos estudantes forem analisadas, eles retornarão às atividades de forma gradativa. Por fim, comunicou que na rede pública municipal de Educação o atendimento terapêutico às crianças com deficiência por meio da Equoterapia é pago pela Secretaria de Educação com recursos próprios do Município e não pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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