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Segunda-feira, 08 de julho de 2024

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ÓLEO UNGIDO

Acusado de importunar mulher em pizzaria, pastor que responde por abusar de cinco vítimas consegue liberdade

Foto: Reprodução

Acusado de importunar mulher em pizzaria, pastor que responde por abusar de cinco vítimas consegue liberdade
O pastor evangélico Lourival dos Santos Andrade, alvo de ações por supostos abusos contra 5 mulheres que lhe procuravam em busca de "orações" e "unções", foi colocado em liberdade pelo juízo de Ribeirão Cascalheira, em um episódio de importunação sexual contra uma mulher, ocorrido em uma pizzaria do município.


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Na ação sobre o atentado na pizzaria, ele foi colocado em liberdade, contudo, os outros processos que responde sobre os abusos estão sob segredo de justiça e, portanto, não foi possível confirmar nos sistemas eletrônicos do TJMT se ele continua preso.

Lourival teve a prisão decretada no dia 13 de janeiro, contudo, em julgamento de habeas corpus ocorrido nesta quarta-feira (3), o desembargador Rui Ramos anotou que sua liberdade provisória já havia sido concedida pela instância inferior e, com isso, o hc perdeu objeto.

No dia dos fatos, segundo os autos, Lourival estava em uma pizzaria e teria orientado uma mulher a não estacionar na calçada. Com isso, uma confusão generalizada se instalou e ele teria sido agredido por diversos homens.

Lourival foi até a delegacia para denunciar os agressores e fazer exame de corpo e delito. A Polícia Militar, então, foi até a pizzaria e a mulher que teria sido “aconselhada”, na verdade, relatou que o pastor teria passado a mão em suas partes íntimas e dito coisas de cunho sexual. Ela contou que foi importunada sexualmente às pessoas que estavam no estabelecimento e, então, a confusão se instalou e Lourival recebeu voz de prisão.

Alegando que a decisão que decretou a prisão preventiva e a que indeferiu o pedido de sua revogação carecem de fundamentação idônea, bem como utilizados argumentos genéricos e abstratos, ele conseguiu ser colocado em liberdade provisória.

Óleo ungido

De acordo com informações da Polícia Civil, antes do caso na pizzaria, Lourival já cometia crimes, sempre com o mesmo modus operandi, e já havia sido preso. Durante a oração, o pastor falava que tinha que passar óleo ungido nas partes íntimas das vítimas, pois alguém havia feito “magia negra”.

O investigado levava as vítimas, maiores e menores de idade, para um quarto ou outro cômodo da igreja, passava o produto no corpo e nas partes íntimas delas e praticava os abusos. 

As diligências iniciaram após o registro do primeiro boletim de ocorrência, em agosto de 2021, contra o ministro religioso que se aproveitava da função para praticar os abusos sexuais.

Conforme a polícia, o pastor residia em Cuiabá e cometia os crimes quando ia à cidade de Confresa realizar cultos e encontros pastorais.

Uma das vítimas participava de uma conferência na igreja, quando o suspeito chamou a menor em um quarto fechado e acariciou as partes íntimas da adolescente, utilizando de subterfúgios ligados ao ministério pastoral a ele confiado. Em outro momento, ele realizou uma chamada de vídeo para a menor, em que aparecia manipulando e exibindo o órgão genital.

A segunda vítima, de 17 anos, relatou que no mês de fevereiro de 2022 foi até igreja evangélica falar com ele para que fizesse uma oração. Então, ela foi levada até o banheiro e recebeu um óleo com pedido para passar na barriga. Na sequência, Lourival passou o óleo pelo corpo da vítima, que começou a sentir tontura. Então, o suspeito tirou o vestido da adolescente e praticou os atos sexuais.

Com base nas investigações, depoimentos, indícios e provas colhidos pela equipe de investigação, foi representada pela prisão preventiva do investigado pelo crime de estupro de vulnerável, deferida pela Justiça.

Diante da ordem judicial decretada foi solicitado apoio ao Plantão de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica e Sexual de Cuiabá, que efetuou a prisão do suspeito em sua residência, no bairro residencial Nico Baracat, na Capital.
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