Olhar Jurídico

Sábado, 04 de maio de 2024

Notícias | Civil

MPF realiza, nesta sexta, audiência pública sobre demarcação de terras indígenas

Está prevista a participação de representantes de aproximadamente 70 povos indígenas, além das seguintes autoridades: Marta Maria do Amaral Azevedo, presidente da Fundação Nacional do Índio; Fernando Luiz Albuquerque Faria, advogado-geral da união substituto; Ana Paula Villas Boas, representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; e Paulo Roberto Martins Maldos, secretário nacional da Secretaria Nacional da Articulação Social da Presidência da República. Pelo MPF, participarão a vice-procuradora-geral da República e coordenadora da 6ª Câmara, Deborah Duprat, os subprocuradores-gerais da República Luciano Mariz Maia e Maria Elaine Menezes de Farias (ambos membros da 6ª Câmara) e as procuradoras da República Natália Lourenço Soares, Walquiria Imamura Picoli e Marcia Brandão Zollinger.

Contexto - Em 19 de abril, é celebrado o Dia do Índio, momento propício para refletirmos sobre esses povos que ocupam o território brasileiro desde muito antes da chegada dos exploradores europeus a partir do ano 1500. O MPF, um dos órgãos responsáveis pela defesa dos direitos indígenas, aproveita a data para intensificar uma discussão muito importante: a garantia das terras que tradicionalmente ocupam, prevista na Constituição (artigo 231) e no Estatuto do Índio (Lei n° 6.001, de 19 de dezembro de 1973).

A ideia, muitas vezes difundida por aqueles contrários aos direitos indígenas, de que 'há muita terra para pouco índio' decorre justamente do desconhecimento das distintas lógicas espaciais dos povos indígenas, principalmente daqueles que vivem em áreas da floresta amazônica, bem como da ocultação da realidade fundiária da maior parte dos povos indígenas das demais regiões brasileiras, onde as dimensões das terras que lhes foram reconhecidas são, em não poucos casos, insuficientes para sua reprodução física e cultural.

Também é muito importante sabermos que a demora do Estado para regularizar terras indígenas deixa tal parte da população vulnerável. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), as terras que continuam sem regularização final, mesmo as registradas e declaradas, são mais expostas a invasões, ocupações, desmatamento e exploração ilegal de recursos naturais.

Confira a dinâmica da audiência

1. A audiência será aberta às 14h pela vice-procuradora-geral da República e coordenadora da 6ª Câmara, Deborah Duprat, a quem competirá a coordenação dos trabalhos;

2. Haverá 15 minutos de ato realizado por povos indígenas;

3. A palavra será assegurada, nesta ordem, aos seguintes participantes:

a. Representantes dos povos indígenas, pelo tempo máximo de 2h;

b. Representantes do governo federal, pelo tempo máximo de 1h;

c. Membros do Ministério Público Federal, pelo tempo máximo de 40 minutos.

4. Ao final, será passada a palavra àqueles que forem instados a esclarecer eventuais dúvidas;

5. Os períodos das intervenções acima definidos poderão ser adequados pela coordenadora conforme eventual necessidade decorrente da dinâmica dos trabalhos;
6. Os trabalhos devem terminar às 18h.
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