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Domingo, 28 de abril de 2024

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OPERAÇÃO MANTUS

Juiz mantém provas obtidas por meio da extração de dados no celular de genro de Arcanjo

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Juiz mantém provas obtidas por meio da extração de dados no celular de genro de Arcanjo
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra manteve a validade dos dados extraídos do celular de Giovanni Zem, genro do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, no bojo da operação Mantus, deflagrada em 2019 com objetivo de desmantelar organização criminosa que lucrava ilicitamente com a prática organizada e reiterada da contravenção penal conhecida como “jogo do bicho”.

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Deflagrada em 2019 pela Polícia Civil, a Mantus desarticulou dois grupos acusados de exploração ilegal do jogo do bicho em Mato Grosso. Giovanni, que chegou a ser preso em flagrante na época, é acusado de chefiar o grupo denominado "Colibri". Em relação a Arcanjo, o Tribunal de Justiça trancou a ação por falta de provas.

Em resposta à acusação do Ministério Público, defesa de Giovanni sustentou preliminar contra decisão que autorizou a extração de dados do seu celular, alegando que o ato teria sido ilegal, uma vez que poderia ser uma forma de passe livre às autoridades policiais investigarem quaisquer indivíduos que fossem presos em flagrante praticando contravenção penal, como foi o caso dele.

Examinando a preliminar, o juiz da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, em decisão proferida nesta terça-feira (12), destacou que a polícia só extraiu os dados do celular porque foi autorizada pela Justiça.

“Eis que os requerimentos acima colacionados expressamente pleiteiam, em caso de prisão em flagrante decorrente das informações extraídas das outras diligências,  a extração dos dados celulares eventualmente apreendidos”, escreveu Jean.
 
"Desta forma, ausente a possibilidade de reconhecimento de nulidade no que concerne à questão suscitada, rejeito a referida preliminar", decidiu o magistrado.

Jean ainda designou audiência de instrução e julgamento para o dia 25 de maio, às 13h, para inquirir os envolvidos no processo.
 
A operação

A Mantus também desarticulou o grupo Ello/FMC, rival do “Colibri”, possivelmente chefiado pelo empresário Frederico Muller, que buscava disputar o comando do “bicho” com Arcanjo no estado.

Os investigados respondem pelos crimes de organização criminosa, contravenção penal do jogo do bicho, extorsão, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.
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