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Domingo, 28 de abril de 2024

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MANTUS

Ministro nega restituir veículos de genro de Arcanjo apreendidos em operação

Foto: Reprodução / Ilustração

Ministro nega restituir veículos de genro de Arcanjo apreendidos em operação
O ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou a restituição definitiva de um Honda WRV e de uma caminhonete Fiat Toro ao genro do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, Giovani Zem Rodrigues, apreendidos no âmbito da Operação Mantus, que desmantelou duas organizações ligadas ao Jogo do Bicho, a ELLO/FMC e a Colibri.

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Embora não tenha sido comprovado que os veículos tenham sido adquiridos ilicitamente, eles foram apreendidos por ainda interessarem ao andamento do processo, que ainda não transitou em julgado.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) ordenou o acautelamento dos automóveis pela Polícia Judiciária Civil, mas a apreensão decorreu do interesse processual, não como medida assecuratória.

Ao STJ, defesa de Zem sustentou que o acórdão recorrido reconheceu: que a propriedade dos veículos está comprovada; que a medida deferida não tinha objetivo assecuratório; que não se pode presumir ilícita a origem dos veículos; não há indicativo de que os veículos foram adquiridos como produto de crime; e que não há qualquer indicativo de que a apreensão interesse ao processo.

No entanto, para o ministro, a decisão colegiada combatida foi clara ao apontar que a identificação da licitude na aquisição dos referidos veículos somente poderia ser atestada após o exame detalhado do conjunto probatório durante a instrução processual.

“Ante o exposto, com fundamento no art. 253, parágrafo único, II, "b", do RISTJ, reconsidero a decisão agravada, para conhecer do agravo e negar provimento ao recurso especial”, proferiu Dantas.
Mantus
 
Em 2019, a Operação Mantus, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), desmantelou duas organizações ligadas ao Jogo do Bicho, Colibri e a ELLO/FMC.  Ao todo, 33 pessoas foram denunciadas. Conforme o Gaeco, as duas organizações disputam espaço desde 2017.
 
 A Colibri supostamente seria liderada por João Arcanjo Ribeiro. Ele chegou a ser denunciado, mas conseguiu se livrar do processo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). 
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