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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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relatório do COAF

Coaf aponta que empresa usada para receber propina no TCE movimentou R$ 40 milhões em seis meses

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Coaf aponta que empresa usada para receber propina no TCE movimentou R$ 40 milhões em seis meses
Relatório de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostra que a empresa Gendoc Sistemas e Empreendimentos Ltda, supostamente utilizada para pagamento de propinas no Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), movimentou R$ 40 milhões entre os meses de março e agosto de 2013. A informação consta em voto do ministro Raul Araújo, que negou o retorno de cinco conselheiros do TCE-MT afastados desde 2017.

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Conforme os autos, o ex-governador Silval Barbosa delato que sem o pagamento de propina aos Conselheiros da Corte de Contas não seria autorizada a realização das obras do programa MT Integrado, no ano de 2013. Restou pactuado o pagamento corrupto de R$ 53 milhões.
 
Entre os meios fraudulentos supostamente utilizados para viabilizar o pagamento da propina no valor de R$ 53 milhões está a Gendoc. O conselheiro José Carlos Novelli teria recomendado que parte da propina fosse paga por meio da empresa. O proprietário da sociedade, identificado como Waldisnei da Cunha Amorim, seria “pessoa da confiança”.
 
Para viabilizar os pagamentos por intermédio da Gendoc, Novelli teria sugerido que o Poder Executivo deveria aderir, por suas secretarias, uma licitação vencida pela empresa na Secretaria de Administração de Mato Grosso. Assim, a Gendoc devolveria 50% dos valores pagos pelo Executivo aos conselheiros do TCE, amortizando a propina assumida.
 
Segundo apontado pelo ministro Raul Aráujo, relator do pedido de retorno dos cinco conselheiros afastados, consta das informações levantadas pelo Ministério Público Federal e pela autoridade policial que, segundo relatório de inteligência financeira do Coaf, “no período de março a agosto de 2013, a Gendoc teria movimentado mais de 40 milhões de reais, valor considerado incompatível com a capacidade econômico-financeira da empresa, tendo parte desses valores sido sacada em espécie”.
 
José Carlos Novelli, Antônio Joaquim Moraes, Waldir Júlio Teis, Walter Albano da Silva e Sérgio Ricardo de Almeida, nomes envolvidos na Operação Malebolge, fase da Operação Ararath, seguem tentando restabelecer suas rotinas de trabalho.

Os conselheiros são acusados pela prática dos delitos de corrupção passiva, sonegação de renda, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Informações são oriundas do acordo de colaboração premiada do ex-secretário de Casa Civil, Pedro Nadaf, e do ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa
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