Olhar Jurídico

Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Notícias | Criminal

documento de 2019

Taques ironiza divulgação de parecer sobre grampos: ‘devo estar bem nas pesquisas’

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Taques ironiza divulgação de parecer sobre grampos: ‘devo estar bem nas pesquisas’
A divulgação de parecer da Procuradoria Geral da República (PGR), datado de abril de 2019, em que são apontados “elementos indiciários” para continuar investigando o ex-governador Pedro Taques (sem partido) no esquema denominado Grampolândia Pantaneira está servindo para arranhar sua imagem política. A interpretação é do próprio Pedro Taques.

Leia também 
Delator premiado, Riva 'acata' acusação do MPE em ação que cobra restituição de R$ 2 milhões


“Como não podem me acusar de ter roubado, dinheiro público ou particular, como não podem me acusar de homicídios, porque não pratiquei nenhum crime, me acusam sobre grampos. Devo estar bem nas pesquisas”, ironizou nesta quarta-feira (4) em contato com o Olhar Jurídico.
 
Esquema de grampos ilegais foi descoberto na gestão de Taques. O caso tramitou por meses no Superior Tribunal de Justiça (STJ), por prerrogativa de foro. Porém, após a derrota nas eleições de 2018, foi enviado para ter prosseguimento em Mato Grosso.
 
O parecer da PGR respondeu recurso de Pedro Taques que buscava pelo fim da investigação. Segundo informado, todas as buscas realizadas não encontraram provas.

A PGR então respondeu que o STJ não tem competência para determinar arquivamento do inquérito, visto que já houve declínio de competência. Ainda segundo o Ministério Público, os relatórios já produzidos ainda são parciais, merecendo maiores desdobramentos.  

A Operação Esdras foi deflagrada no dia 27 de setembro de 2017, após decisão do desembargador Orlando Perri. Foram presos na época os ex-secretários da Casa Civil, Paulo Taques, o de Segurança Pública, Rogers Jarbas, de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, o ex-chefe da Casa Militar Evandro Lesco, a esposa de Lesco, Helen Chrysti, sargento João Ricardo Soler, major Michel Ferronato, e também condução coercitiva do empresário José Marilson da Silva.
 
A operação teve por base a colaboração do tenente-coronel Soares, que entregou uma tentativa para frear as investigações sobre interceptações ilegais e macular a imagem do desembargador Orlando Perri em todos os inquéritos instaurados.
 
Soares atuava na investigação como escrivão no inquérito, e foi cooptado pela organização criminosa sob ameaça de revelarem fatos que poderiam prejudicá-los na Policia Militar. Diante disso Soares teria ficado responsável de gravar e juntar informações contra Perri para provocar a suspeição do magistrado.
 
Oitiva de Taques
 
Ao destacar que o parecer da PGR está prestes a completar um ano, Pedro Taques citou a reportagem que já prestou esclarecimento no Ministério Público de Mato Grosso, após declínio de competência.
 
“Graças a Deus fui ouvido pelo MPE na quinta (27 de fevereiro), depois da quarta de cinzas, depois de quase três anos querendo ser ouvido, onde disse a verdade”.

Taques na política

O ex-governador chegou a levantar a possibilidade de ser candidato ao Senado pelo PSDB. Porém, após pedir desfiliação, por força da legislação, não há prazo suficiente para que o ex-governador concorra no pleito definido para o dia 26 de abril. Na data, novo nome ocupará a cadeira de Selma Arruda, cassada por caixa 2. 
 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet