O desembargador Orlando de Almeida Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, esclareceu, no dia 5 de janeiro, que foi providenciada a mudança de cela do advogado Julio Cezar Domingues Rodrigues, preso durante a Operação Ventríloquo, por um suposto desvio de dinheiro (R$ 9,6 milhões) da Assembléia Legislativa, em conjunto com o ex-deputado José Geraldo Riva.

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Conforme os autos, Domingues ofereceu pedido de liberdade em habeas corpus demonstrando supostas irregularidades na privação de sua liberdade. Os episódios seriam: a interrupção injustificada do direito do segregado à realização de atividade física, ameaças à integridade física e de morte proferidas pelo agente prisional de nome “Leonardo” e a colocação em sua cela de um “preso” de alta periculosidade que passou a ameaçar a integridade física do paciente.

No dia 30 de dezembro foi negado o recurso. Mesmo com a negativa, na decisão, determinou-se a promoção de todas as medidas necessárias para assegurar a integridade física e moral de Domingues Rodrigues, em especial, para mantê-lo em local separado destinado aos demais detentos.

Assim, no dia 5 de janeiro, Perri esclareceu que “no mesmo dia em que foi proferida a decisão, vale lembrar, em 30/12/2015, às 20 horas e 7 minutos, a agente carcerária de plantão foi cientificada da decisão por mim proferida, e, naquela mesma noite providenciou a mudança de cela do paciente Júlio César”. O réu, porém, por possuir “desafetos em outra ala”, trocou apenas de cela.

Ainda no dia 5 de janeiro, o desembargador responsável pelo caso emitiu ofício reforçando determinação para que seja instaurado procedimento administrativo, visando a investigação da materialidade dos fatos noticiados pelo advogado preso.