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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Criminal

Caso Alessandra e Luzinete

Juíza denuncia falta de escolta na capital e afirma que vai denunciar caso à corregedoria da Justiça

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Patrícia Maria Silva é mãe da estudante Poliana Alessandra de Araújo

Patrícia Maria Silva é mãe da estudante Poliana Alessandra de Araújo

Sem escolta do sistema prisional, o ex-auxiliar de serviços gerais, Diego da Silva, não pode ser ouvido na 14ª Vara Criminal de Cuiabá. Titular da Vara, a juíza Wandinelma dos Santos, se mostrou irritada com a situação.  A magistrada apontou que essa não seria a primeira vez que a situação é registrada e anunciou que vai denunciar o caso a Corregedoria Geral da Justiça de Mato Grosso. "Ele não veio por falta de condições de trazê-los. Quase todos os dias enfrentamos situações assim"

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Diego foi acusado formalmente pelas mortes de sua ex-namorada, a estudante Poliana Alessandra de Araújo, de 14 anos, e da amiga dela, Luzinete Lemos Rodrigues, de 16. Os crimes foram registrados na data de 5 de outubro de 2014 em Cuiabá e o rapaz foi preso dias depois em uma ação coordenada pela delegada Anaíde Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Sem a presença de Diego, apenas duas testemunhas de acusação à irmã de uma das vítimas e o namorado de Luzinete Lemos foram ouvidos. Inicialmente, outras três testemunhas de defesa haviam sido arroladas.

Munidos com cartazes, parentes levaram cartazes em que cobram a apuração real do responsável pelo crime. “Famílias estão cansadas da justiça totalmente injusta. Na qual se prende os não culpados e os verdadeiros criminosos ficam soltos”, dizia uma das peças.

À imprensa, a mãe de Diego, Maria José de Lima, ratificou a inocência do rapaz e afirmou que a prisão é uma grande injustiça. A defesa de Diego afirma que desde às 22h do dia 4 de outubro até às 2h30 da manhã seguinte ao crime, ele estava na companhia de sua namorada (Dinizia). 

Já a mãe de Poliana, Patrícia Maria Silva, também acompanhou a audiência e afirmou  que aguarda por Justiça. Dias após o crime, Diego chegou a participar de um protesto pedindo a prisão dos responsáveis.

Segundo a DHPP, o rapaz teria matado a ex e a amiga dela por se recusar a aceitar o término da relação.

Sejudh

Procurado, o secretário adjunto da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), coronel Clarindo Castro, informou que o sistema enfrentou na data de hoje enfrentou casos de problemas com escolta em Sinop, mas garantiu – via assessoria de imprensa – que a questão foi resolvida com o remanejamento de agentes da cidade de Peixoto de Azevedo.

Quanto a informação de prejuízos à audiência na 14ª Vara Criminal, a Sejudh negou conhecimento de problemas referentes à escolta e afirmou que irá apurar a situação.

*Atualizada 17h41.
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