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Sábado, 27 de abril de 2024

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Ararath

Ongs pedem afastamento de Paulo Prado da Procuradoria Geral de Justiça por suposta 'conduta criminosa'

Foto: Danilo Bezerra/Olhar Direto

Ongs pedem afastamento de Paulo Prado da Procuradoria Geral de Justiça por suposta 'conduta criminosa'
O Movimento Organizado pela Moralidade e Cidadania (ONG MORAL) e o Movimento de Combate Corrupção Eleitoral (MCCE), protocolizam junto ao Colégio de Procuradores do Ministério Público de Mato Grosso, na tarde desta quarta-feira (4), pedido de afastamento do procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado.

No requerimento a ser protocolizados pelas Ongs, elas alegam que a permanência de Prado à frente do Ministério Público fragiliza a imagem desta instituição, pois não há como o MPE ostentar sua função de defesa da ordem jurídica, notadamente de princípios como o da moralidade e da legalidade tendo à frente o procurador investigado na Ararath e com ‘suspeita de pratica criminosa’.

Prado rechaça críticas ao MP e sugere que prefere morrer ao ver a instituição cair no descrédito
Paulo Prado e promotor do Gaeco são alvos de investigação do MPF que culminou na 5ª fase da Ararath

Prado e o promotor do Gaeco, Marcos Regenold, são alvos de investigação no inquérito instaurado pela Procuradoria Geral da República (PGR), que desencadeou a quinta fase da Operação Ararath, pela Polícia Federal. Regenold já foi afastado das funções.

Consta do inquérito da PGR que o ex-secretário de Estado, Éder Moares, citado como o articulador de esquema de lavagem de dinheiro em instituições financeiras clandestinas, matinha ‘relações espúrias’ com o membro do Ministério Público Estadual para tumultuar a investigação da Polícia Federal.

Segundo a ação, Éder teria por pelo menos duas vezes ‘procurado se articular com o Regenold, membro do Gaeco, para obter proteção contra as investidas investigatórias da instância federal a seu desfavor’, tudo com devida anuência e conhecimento do procurador Paulo Prado, como aponta ofício do procurador à Polícia Federal dando ciência de que Moraes havia procurado o MPE e que Regenold seria o promotor designado para acompanhar o caso dele.

Consta ainda do inquérito que ao perceber os rumos da primeira fase da Operação Ararath, o ex-secretário teria juntamente com o promotor, simulado a condição de colaborador da Polícia Federal, para proteger-se das investidas investigatórias e receber informações privilegiadas.

Conforme o MPF, em um diálogo com o promotor durante curso das buscas e apreensões em uma das fases da Ararath, Éder ‘parece cobrar do membro do MP, explicação sobre o motivo da medida e parece tentar coordenar-se sobre a presença de prova documental no local’. Na sequência, por meio de mensagem de texto via SMS, segundo a ação, Regenold dá claros sinais de estar atuando junto ao Ministério Público Federal e ao departamento de Polícia Federal em favor de Eder e sinaliza com depoimento que este prestaria ao Ministério Público.

“Diante desse contexto, a realização de busca e apreensão de documentos, registros ou escritos que contenham dados relativos aos fatos narrados, mesmo que por meio virtual, se faz necessária que possa elucidar não só a natureza, como a extensão e o propósito dessas relações que o investigado mantém com Éder Morares”, consta da ação.

Ainda na ação, fica demonstrado que Éder, sugere se apresentar à Polícia Federal como ‘colaborador premiado’ e não como delator, ‘já que tinha pretensões políticas nas eleições de 2014 e a pecha de delator não lhe cairia bem’. Outro ponto elencado é que Éder chegou a entregar documentos velhos e sem importância à PF , ‘para tumultuar e mudar o foco das investigações’, sempre por intermédio do membro do MPE.

O outro lado

Procurado, o Ministério Público afirmou que só irá se manifestar após o protocolo do documento.
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