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Domingo, 28 de abril de 2024

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audiência pública

Estado quer trocar rua vendida por Wilson Santos pelo terreno do Atacadão e construir terminal do VLT

Foto: Reprodução

Rua Tufik Affi, popularmente conhecida como Travessa do Cotovelo, na região do Porto

Rua Tufik Affi, popularmente conhecida como Travessa do Cotovelo, na região do Porto

Uma audiência pública que acontece às 14h30 desta segunda-feira (30) no plenário da Justiça Militar do Fórum da Capital, retoma a polêmica que envolve a rua Tufik Affi, popularmente conhecida como Travessa do Cotovelo, na região do Porto, que foi vendida no  ano de 2009, o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), ao supermercado Atacadão por R$ 1,6 milhão, com aval da Câmara Municipal.

Na mesma época o Ministério Público propôs uma ação civil pública para anular a desafetação e alienação da via porque não havia interesse público naquela comercialização.  Em 2011, a Justiça concedeu uma liminar impedindo que o Atacadão fizesse qualquer alteração na rua e determinando que o espaço voltasse a ser utilizado pela população.

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Um dos motivos para o assunto voltar a cena é o fato do Estado ter entrado na negociação para viabilizar as obras da Copa. O acordo proposto é para a consolidação da venda da rua ao Atacadão, que em contrapartida doaria ao Estado a área de 11 mil m² onde hoje está instalada a loja do Porto.

Na área seria construído o terminal de integração Ônibus/VLT. O supermercado também doaria para a Prefeitura R$ 5,5 milhões para o projeto Porto Cuiabá, que vai revitalizar toda a orla.

Com a titularidade definitiva da via, o Atacadão construiria no local, e no terreno vazio que possui do outro lado da rua, um novo supermercado. 

Na audiência pública o projeto será apresentado em telão pela Prefeitura e pela Secopa com recursos de maquete virtual. A decisão final sairá dez dias após o evento, porque o Ministério Público terá um prazo para se pronunciar.

A audiência é promovida pela Vara Especializada de Meio Ambiente de Cuiabá (Vema) promove a audiência pública inédita na história do Judiciário, que visa compartilhar com a sociedade a decisão de homologar ou não a proposta de acordo entre Estado, Prefeitura e Atacadão. O objetivo é acabar de vez com a demanda judicial em torno da venda.

O idealizador da audiência pública, o juiz da Vema, Rodrigo Curvo, destaca que qualquer pessoa pode participar. “Vai ser a oportunidade de a sociedade cuiabana conhecer o projeto, fazer questionamentos e opinar a respeito. Temos que debater se há ou não interesse público neste acordo”, frisa. O procurador geral do município, Rogério Gallo, salientou a importância do evento. “O Dr. Rodrigo teve uma iniciativa brilhante. O que era para ser uma audiência somente entre as partes do processo foi ampliado para toda a população”, destaca.

O promotor Gerson Barbosa conta que quando propôs a ação para anular a venda da rua era uma outra realidade, mas pondera que ainda não tem convicção formada se esse acordo é a melhor opção. “Essa audiência vai nos trazer subsídios para decidir”, diz.

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