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Domingo, 28 de abril de 2024

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Advogado renomado desafia MPE e afirma que denúncia contra empresária de MT é “falsa, uma mentira”

Foto: Olhar Jurídico

Kakay diz que denúncia do MPE contra empresária não possui fundamento

Kakay diz que denúncia do MPE contra empresária não possui fundamento

O Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, em entrevista ao Olhar Jurídico afirmou veementemente que a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) acusando a empresária Mônica Marchett de homicídio qualificado e formação de quadrilha "é falsa, uma mentira".

“Eu desafio. Ta lá escrito na denúncia, que o Hércules disse que ela [Mônica] entregou o documento para ele. Isso é falso, é mentira. Se me mostrarem onde está isso no processo eu renuncio ao meu mandato. Só que é falso. Acontece que, uma mentira colocada no processo desde o início e repetida 200 vezes infelizmente pegou força de verdade. Eu digo isso porque conheço os autos e reafirmo que não há um fiapo de indício que liga Mônica a esses fatos. Essa afirmação que consta na denúncia, que posteriormente foi aceita pela pronúncia, é rigorosamente falsa”, afirmou o advogado ao site.

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O MPE ofereceu denúncia contra Mônica Marchett , que é proprietária da empresa de agronegócios “Sementes Mônica”, por suspeita de participação no mando do assassinato dos irmãos Brandão Araújo Filho (Brandão) e José Carlos Machado Araújo (Zezeca), os Irmãos Araújo, por uma disputa de terras em Rondonópolis (212 km de Cuiabá).

De acordo com a denúncia, os pistoleiros e ex-policiais militares Célio Alves e Hércules Agostinho foram contratados pela denunciada e seu pai, Sérgio João Marchett, para matar os irmãos Araújo. O pagamento do homicídio mercenário seria um veículo Gol, que teria sido entregue pela própria empresária aos pistoleiros, que já foram o “braço armado” do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

“A defesa técnica, olhando o processo sem nenhum parcionalismo, entende que não há sequer indícios que justifiquem a ida da Mônica a Júri. O crime é realmente gravíssimo, ao que tudo indica houve mandante, só que não há nenhuma relação, nenhuma anotação que ligue a Mônica a esses fatos. É isso que iremos mostrar”, explicou Kakay na entrevista.

O advogado ressalta ainda que a possui convicção “que nos autos, instrução e principalmente na denúncia ocorreram erros gravíssimos”. “A pronúncia e a denúncia mostra claramente que os dois executores teriam dito que receberam o documento das mãos da Mônica. Eles desmentem, de forma peremptória, essa versão”, frisou.

Kakay alega ainda que caso vislumbrasse a participação da empresária no crime de mando, ele queria que a sua cliente fosse pronunciada, mas entende que é uma afronta levar uma cidadã ao Júri Popular sem indícios de culpabilidade.

“Se existisse nos autos qualquer prova, qualquer indício, qualquer indicação que mostrasse a participação da Mônica eu queria sim que ela fosse pronunciada. Digo isso por que eu conheço o processo e reafirmo que não há, o que se disse na denúncia,  sobre esse fato  ela [a denúncia]  foi feita de forma leviana. É fato que o Hércules e o Célio que mataram. Eles confessaram o crime e disseram que de fato não conheceram a Mônica”.

Outra tese apresentada por Kakay são os laudos periciais, que não comprovariam a assinatura de Mônica no documento do veículo Gol, moeda de pagamento do crime de encomenda, segundo a denúncia do MPE.

“Acho que você não pode levar uma pessoa ao Júri sendo que existe quatro laudos que dizem que não foi ela que assinou o documento [do veículo Gol]. A Secretaria de Segurança Pública de MT diz que a assinatura não é dela. A Polícia Federal também. Existem ainda dois laudos de peritos particulares bem conhecidos que dizem que a assinatura não é dela. Então, eu acho inconcebível submeter uma pessoa ao Tribunal do JúrI, pelo desgaste que é, sem se ter provas”, analisou.

Conforme o Olhar Jurídico já informou, o desembargador Rui Ramos pediu vista para analisar o recurso em sentido estrito que tenta evitar o Júri Popular da empresaria Mônica Marchett. Pouco antes o relator do caso, o presidente da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Alberto Ferreira de Souza, havia votado pelo indeferimento do recurso.

A empresária contratou um criminalista dos mais caros e renomados do país. Kakay já atuou no caso da divulgação de fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann. Defendeu e livrou o publicitário Duda Mendonça da prisão no emblemático “Julgamento do Mensalão”. Ele também defendeu o senador Demóstenes Torres.

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