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Cabo que contratou menor para matar soldado da PM é condenado a 16 anos de prisão

03 Set 2013 - 15:07

Especial para o Olhar Jurídico - Walmir Santana

Foto: Reprodução / Ilustração

Cabo que contratou menor para matar soldado da PM é condenado a 16 anos de prisão
Após 12 anos depois do crime, o cabo da Polícia Militar José Ângelo de Almeida foi condenado a 16 anos de reclusão, em regime fechado, por ter mandado matar o soldado PM Oriomar Aparecido Ramos. O assassinato aconteceu no dia 16 de dezembro de 2001, no deslocamento da Polícia Militar no Distrito de Santo Antônio do Fontoura, que pertence ao município de São José do Xingu (1.200 km a Nordeste de Cuiabá).

O julgamento foi realizado pela Décima Primeira Vara Criminal Especializada da Justiça Militar de Cuiabá, e presidido pelo juiz Marcos Faleiros da Silva.

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De acordo com o processo o “cabo Ângelo”, como é conhecido, tomou dinheiro empresado com o  Oriomar e não havia quitado a dívida, conforme combinado. Ele alegava que os juros cobrados pelo colega eram altos e por isso não iria pagar. Para não ser mais cobrado, o cabo contratou um menor para matar o PM.

No dia do crime o cabo passou para o menor todas as coordenadas. Informou que o soldado estaria dormindo no alojamento e que estaria armado. O menor entrou no quarto onde a vítima estava, pegou a arma que se encontrava embaixo do travesseiro e atirou na boca do soldado. No momento do crime, uma menor (que era amante de Oriomar) estava no banheiro do alojamento e testemunhou o homicídio.

Consta nos autos que o cabo Ângelo pagou R$ 5 mil para que a menor afirmasse que a vítima tinha cometido suicídio, alterando a cena do crime. Caso a tese de suicídio fosse questionada, a menor assumiria o assassinato.

No depoimento, o menor que matou o soltado disse que já havia praticado outros homicídios a mando do cabo Ângelo, afirmou ainda que desenvolvia várias atividades criminosas para receber benefícios do PM, “que simulavam assaltos a caminhonetes e que faziam também invasões de terras”. Conforme o menor, um sargento e um soldado PM davam cobertura às práticas criminosas cometidas pelo cabo Ângelo.

Clique aqui e confira a íntegra da sentença.

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