A juíza Mônica Perri Siqueira, da primeira vara da comarca de Cuiabá, divulgou nesta segunda-feira (2) três datas possíveis para realização do julgamento de João Arcanjo Ribeiro (considerado ex-chefe do crime organizado em Mato Grosso) por júri popular no processo em que ele é acusado de ter mandado matar o empresário Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior. O julgamento poderá ser realizado em 16, 22 ou 23 de outubro, no fórum da capital mato-grossense.

A magistrada não fixou uma data específica porque uma das testemunhas arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE) é o senador Pedro Taques (PDT), que, na condição de parlamentar, tem a prerrogativa de ser ouvido em dia e horário previamente ajustados entre ele e a magistrada, conforme previsto no Código de Processo Penal.

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Conforme a denúncia oferecida pelo MPE contra Arcanjo, Sávio Brandão foi atingido por vários disparos de arma de fogo em 30 de setembro de 2002 em frente à obra da sede do jornal "Folha do Estado", em Cuiabá. A ordem para o assassinato teria sido dada porque o jornal, pertencente a Brandão à época, publicou material desfavorável aos interesses e negócios de Arcanjo, então bicheiro.

No processo referente ao assassinato de Sávio Brandão, a Justiça proferiu "sentença de pronúncia" em dezembro de 2006, determinando que Arcanjo fosse submetido ao tribunal do júri. Pedro Taques acompanhou a operação “Arca de Noé” na condição de procurador da República. A operação foi realizada em 2002 pela Polícia Federal para desbaratar o império de Arcanjo, que está preso.


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