Servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ameaçam entrar com mandados de segurança em tribunais federais dos estados e no Distrito Federal contra a decisão do Ministério do Planejamento e da própria autarquia que cortou seis dias de trabalho dos contracheques dos servidores devido à greve iniciada em 25 de junho.

Segundo representantes dos grevistas, o corte de ponto viola um acordo feito no Superior Tribunal de Justiça que proíbe o desconto em folha desde que um efetivo mínimo de 50% dos servidores grevistas seja mantido em atividade.

Greve no Dnit escancara estrutura precária do órgão responsável pela execução do PAC
“DNIT está sendo canibalizado pelas demais carreiras da estrutura federal”, afirma servidor em greve

De acordo com o engenheiro Luiz Heleno de Albuquerque Filho, o DNIT cortou o ponto de servidores de licença, em férias e até mesmo daqueles que não está participando da paralisação.

“O DNIT está criminalizando o movimento grevista. Em vez de nos ignorar e baixar uma decisão de cima para baixo, o governo tem que dialogar com a nossa categoria. O corte demonstrou total descontrole do governo. O corte de seis dias foi generalizado”, afirma.

Os servidores reivindicam melhores salários e reestruturação dos planos de carreira e equiparação com carreiras de órgãos como Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Agência Nacional de Transportes Aquáticos (Antaq) no quadro de carreiras, tiveram um desfalque de seis neste mês.

Por meio de sua assessoria, a direção geral da autarquia limitou-se a informar que "o DNIT cumpre a legislação em vigor."

Atualizada às 15h20