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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Assentados do 21 de Abril recorrem à Defensoria Pública

Falta de serviços de infraestrutura e de transporte coletivo está entre as principais demandas encaminhadas à Defensoria Pública pelas famílias que moram no assentamento 21 de Abril, zona rural de Cuiabá.

O loteamento, criado há 13 anos, enfrenta uma série de deficiências estruturais. Apesar de distante apenas 18 quilômetros do Cinturão Verde, no período de chuvas, as famílias ficam isoladas.

As estradas de acesso, como também as vicinais, ficam completamente alegadas. As pontes de madeira também não suportam a demanda. Uma delas está deteriorada, sem condição de trafegabilidade.

As famílias, um total de 163, produzem alimentos para subsistência. Apesar da pequena produção, eles não têm como escoar os produtos por conta das condições das estradas, principalmente no período de chuvas.

Nesta semana, após recorrer à Defensoria Pública, um grupo técnico da instituição esteve no local para conversar com os moradores e discutir as primeiras providências que serão tomadas.

"Nós queremos manilhamento para dar trafegabilidade na época de chuvas e acesso às escolas", disse o presidente da Associação de Moradores do Assentamento 21 de Abril, Ademir Moura da Silva, em uma reunião que contou com participação de cerca de 60 pessoas da comunidade.

"Não adianta a prefeitura vir aqui e fazer o cascalhamento ou patrolar as estradas sem fazer o manilhamento, pois são pelo menos 30 crianças que precisam se deslocar às escolas e ficam sem acesso no período chuvoso", explicou a liderança.

Ele também explica que são mais idosos que moram na comunidade, já que sem ter transporte coletivo a maioria dos jovens procura alternativas fora do assentamento. Conforme Ademir, há pelo menos 2 anos busca as autoridades para encaminhar os problemas, até o momento sem ser ouvido.

O transporte coletivo é feito por particular. É cobrado R$ 10 por pessoa. O idoso não tem direito a gratuidade.

O Defensor Público-Geral Djalma Sabo Mendes Júnior acompanhou a equipe na visita in loco. Em conversa com os moradores, ele disse que vai procurar primeiro adotar as medidas administrativas, ou seja, conversar com as autoridades públicas responsáveis. Contudo, sem descartar uma ação coletiva.

"Nós estamos à disposição da população carente. A Defensoria é um órgão público e não estamos fazendo nada mais do que nossa obrigação", acrescentou Sabo Mendes.

A defensora pública Silvia Ferreira está à frente das ações comunitárias. Conforme ela, diante dos primeiros levantamentos e reclamações da comunidade, documentos serão encaminhados às autoridades públicas cobrando providências.
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