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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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LIBERDADE PROVISÓRIA

Juíza concede liberdade a advogado e policial presos sob acusação de extorsão

"Não se verifica, neste momento, elementos que demonstrem que os indiciados estejam ameaçando a vítima ou poderão turbar as investigações", manifestou-se a magistrada na decisão

Foto: Clique F5

Delegado Marcelo Jardim indiciou os dois

Delegado Marcelo Jardim indiciou os dois

A juíza titular da Vara Criminal de Primavera do Leste (200 km de Cuiabá), Glenda Moreira Borges, concedeu, nesta segunda-feira à tarde, alvarás de soltura ao advogado Marcelo Alves Campos, de 32 anos, e ao investigador de polícia Antônio José Polare Fonseca.

Os dois estavam presos desde quinta-feira (11), acusados pela Polícia Civil de extorsão, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva. Um homem denunciou que, nos últimos quatro meses, ele já havia repassado R$ 10 mil ao advogado por conta de suposta investigação na qual era apontado como mandante de homicídio.

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O Ministério Público do Estado havia emitido parecer manifestando-se pela decretação da prisão preventiva dos dois. Mas a juíza entendeu que “a colocação dos indiciados em liberdade, por si só, a princípio, não coloca em risco a sociedade tampouco, em tese, mostra-se incentivadora ao retorno da delinquência, logo, não há prova de que a ordem pública esteja abalada”, pontuou a magistrada na decisão concendendo liberdade provisória.

Até então, o advogado estava sob regime de prisão domiciliar por falta de cela especial no município para abrigar portadores de diploma de curso superior que foram presos, mas ainda não foram julgados. O investigador estava em uma cela na Delegacia de Roubos e Furtos – onde corre a investigação.

A acusação

Conforme o delegado Marcelo Jardim, havia informações de que tinham pessoas realizando extorsão e ganhando dinheiro com isso. “Chegou a nosso conhecimento através da vítima e testemunha de que ele estava sendo extorquido pelo investigador da polícia civil e pelo advogado. Então realizamos a prisão em flagrante dos dois, do advogado por corrupção ativa, extorsão e tráfico de influência e do policial por corrupção passiva”, disse Jardim, naquela ocasião.

O delegado disse ainda que o investigador mentia, repassando informações falsas sobre investigações de assassinato. Ele dizia que o cliente do advogado estava para ser preso. Então, o advogado supostamente pedia dinheiro para a vítima.
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