Olhar Jurídico

Quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Notícias

Julgar os torturadores não é vingança, mas justiça, afirma advogado

Durante debate no Seminário Internacional Operação Condor, o advogado Antônio Campos disse que o julgamento das pessoas que cometeram tortura durante a ditadura militar não é vingança, mas justiça. “Mesmo que a justiça não seja feita, a história é sábia e colocará as coisas no seu devido lugar. A verdade prevalecerá”, afirmou.


Já o presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, disse que será dada aos torturadores a oportunidade que eles negaram a suas vítimas: o direito a ampla defesa. “Esses crimes transcendem territórios nacionais, ofendem a humanidade, não podem passar em branco. Temos uma jurisdição internacional que mostra que a tortura é crime de lesa-humanidade e, por isso, imprescritível”, disse.

Eles se pronunciaram depois da participação de um estudante de direito que afirmou que sentia, ao ouvir os palestrantes do seminário, que havia uma busca de vingança e não de justiça em relação às vítimas da ditadura.

A deputada Érika Kokay (PT-DF) afirmou que é preciso resgatar a verdade para que se faça justiça. “Temos que romper a impunidade, não podemos sair da ditadura como se ela não tivesse existido. É preciso jogar luz na história para organizar o nosso futuro. Quantos querem enterrar os seus entes queridos e não conseguem identificá-los? Vamos fechar a ferida. A verdade cura”, declarou.

O seminário é promovido pela Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, ligada à Comissão de Direitos Humanos e Minorias.

O evento ocorre no Plenário 2.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
Sitevip Internet