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Quinta-feira, 12 de setembro de 2024

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PORTE DE ARMA SUSPENSO

Conselho de Justiça Militar manda soltar soldado da PM suspeito de repassar informações sigilosas a lideranças do CV

Foto: Reprodução

Conselho de Justiça Militar manda soltar soldado da PM suspeito de repassar informações sigilosas a lideranças do CV
Juízes do Conselho de Justiça Militar concederam, de forma unanime, liberdade provisória ao soldado da Polícia Militar Leonardo Qualio. Ele estava preso no 11º Batalhão de Polícia Militar de Sinop (500 km de Cuiabá), acusado de repassar informações sigilosas a lideranças do Comando Vermelho (CVMT).


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O benefício foi concedido durante audiência de Instrução e Interrogatório, realizada na última quinta-feira (15). Presidida pelo juiz de direito Moacir Rogério Tortato, a sessão contou com a participação dos juízes militares tenente-coronel PM Jean Klebber Britto da Silva, capitão PM Paulo Cesar de Campos Junior e primeiro tenente PM Olenil Natos Correa. Representantes do Ministério Público (MPMT) e da defesa também estiveram presentes.
 
Durante a deliberação, Tortato votou pela concessão da liberdade provisória ao militar, argumentando que o acusado já estava preso há 153 dias e que a fase de instrução do processo havia sido concluída. O magistrado propôs medidas cautelares, como o afastamento completo das funções públicas e a suspensão do porte de arma de fogo.
 
No entanto, os juízes militares divergiram parcialmente do voto do juiz de direito. Jean Klebber, acompanhado pelos demais oficiais, concordou com a liberdade provisória e a suspensão do porte de arma, mas sugeriu um afastamento parcial das funções. Segundo a proposta, Qualio ficaria restrito a atividades administrativas dentro da Polícia Militar, sendo afastado das operações.
 
Com a maioria dos votos, ficou decidido que o soldado será liberado provisoriamente, terá o porte de arma suspenso e ficará limitado a tarefas administrativas na corporação. As partes envolvidas foram intimadas a apresentar as alegações finais por escrito no prazo de oito dias. Após essa etapa, o processo seguirá para a fase de julgamento.
 
Leonardo Qualio é acusado pelo Ministério Público de utilizar sua posição na Polícia Militar para repassar informações confidenciais a membros do Comando Vermelho em Mato Grosso. A investigação apontou que tais ações facilitaram atividades criminosas da facção no estado.
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