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Sexta-feira, 23 de agosto de 2024

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AERONAVE CAIU COM MÉDICO

Polícia Federal aponta que avião foi comprado por R$ 150 mil e pertencia a ex-secretário

Foto: Reprodução

Polícia Federal aponta que avião foi comprado por R$ 150 mil e pertencia a ex-secretário
Informações levantadas pelo Olhar Jurídico apontam que Milton Correa da Costa Neto, ex-secretário-adjunto de Planejamento e Operações de Cuiabá, seria proprietário de um avião adquirido com o dinheiro de recursos destinados à Saúde da Capital. O avião adquirido é o mesmo que caiu na região de Poconé (100 km de Cuiabá) por falta de combustível. Montante estimado em R$ 150 mil foi pago pelo bem. 

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O acidente aconteceu no dia 8 de agosto de 2021. Na época, o diretor técnico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Ipase, em Várzea Grande, George da Costa Melo, 39 anos, morreu e outras três pessoas ficaram feridas.

Segundo  o apurado pela Polícia Federal, existem fortes indícios de que a aeronave, prefixo PT-NHH, pertence a Milton. A investigação aponta que a empresa de Milton, Family Medicina e Saúde Ltda, é destinatária de R$ 300 mil em três transações entre os dias 20 e 23 de abril de 2021.

Os últimos dados da aeronave apontam que a última compra consta no dia 10 de abril de 2021. Atualmente, o avião está em nome de Sebastião Rodrigues de Arruda.

Foi constatado que Sebastião recebeu recursos transferidos pela empresa Vip Prestação de Serviços Médicos LTDA, que pertence a Douglas Castro, também alvo de investigação.

Não bastasse, o mesmo grupo empresarial concorreu para o pagamento da aeronave com o valor de R$ 150 mil, cuja propriedade não só é atribuída a Milton, como estava em utilização por seus amigos e familiares no dia do acidente.

Também foram encontrados diálogos de uma das investigadas na operação que afirmam que a aeronave pertencia a Milton.

Operação

Como se apurou nas fases anteriores da Operação Curare, um grupo empresarial, que fornece serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas.

Com o aprofundamento das investigações, apurou-se que uma das empresas era controlada, através de interposta pessoa, por um ex-servidor do alto escalão da gestão da saúde do Município.

As diligências demonstraram ainda que recursos do grupo empresarial, oriundos, em última instância, dos cofres municipais, foram empregados na aquisição de uma aeronave, que veio a se acidentar, quando supostamente estava em uso por pessoas ligadas ao ex-servidor.
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