Olhar Jurídico

Sábado, 24 de agosto de 2024

Notícias | Criminal

ALVOS DA RED MONEY

Juíza condena a mais de 100 anos de prisão liderança e membros do CV que movimentaram R$ 52 milhões

Foto: Divulgação - PJC

Juíza condena a mais de 100 anos de prisão liderança e membros do CV que movimentaram R$ 52 milhões
O juízo da 7ª Vara Criminal de Cuiabá intimou nesta quinta-feira (18) a defesa de oito membros do Comando Vermelho, alvos da Operação Red Money, sobre o teor da sentença proferida pela juíza Ana Cristina Mendes no dia 14 de abril. Somando-se as penas aplicadas, a magistrada os condenou a mais de 100 anos de prisão pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Apontado como líder da organização, Jonas Souza Gonçalves do Nascimento foi condenado a 13 anos de reclusão. Intimação circula no Diário de Justiça desta sexta (19).


Leia mais
Facção que movimentou R$52 mi comprou Corollas, jóias, fazendas e R$ 300 mil em gado; veja detalhes


Foram condenados Demis Marcelo Ferreira Mendes (16 anos e três meses), Janderson Dos Santos Lopes (16 anos e seis meses), Deikson Conceição de Magalhães (16 anos e três meses), Wambasher Olliom Bispo Moreira (15 anos e onze meses), Paulo Witter Faria Paello (15 anos e onze meses), Ulisses Batista da Silva (15 anos e onze meses), Jonas Souza Gonçalves do Nascimento (13 anos e seis meses), Fábio Aparecido do Nascimento (15 anos e onze mses e Francisco Soares Lacerda (16 anos e seis meses).

Dentre eles, a magistrada salientou que os acusados Ulisses Batista, Paulo Witter e Deikson não se encontram presos pela Operação Red Money, uma vez que foram sentenciados na segunda fase das investigações e  alcançaram a progressão de regime. Por isso, ela lhes concedeu o direito de apelarem em liberdade.

Contudo, ela manteve o decreto preventivo em face de Demis Marcelo, Janderson, Wambasther, Jonas Souza, Fábio Aparecido e Francisco Soares, e lhes negou o direito de recorrer em liberdade. Com isso, determinou que eles cumpram a pena em regime inicialmente fechado.
 
Todos esses nomes foram alvo da Operação Red Money, deflagrada em 2018 pela Polícia Civil para cumprir 94 mandados de prisão preventiva contra membros do Comando Vermelho instalados em Mato Grosso.

Segundo as investigações, que duraram mais de um ano, a organização teria movimentado mais de R$ 50 milhões com "taxas do crime", que eram cobradas de "donos de boca de fumo", membros da organização e comerciantes.

A polícia descobriu que o dinheiro proveniente de várias ações criminosas era usado para compra de carros de luxos, residências em Cuiabá e Várzea Grande, propriedades rurais e até cabeças de gado. A atividade policial resultou ainda na apreensão de pelo menos 60 veículos, avaliados em R$ 1,7 milhão de. 

Na sentença proferida em abril, a juíza Ana Cristina Mendes apontou aos réus que as circunstâncias do crime são desfavoráveis, já que foram praticados do interior de penitenciária, com os réus na condição de internos e que ocupavam possivelmente posições de liderança na organização criminosa.

À época da deflagração da Operação, conforme decisão proferida pelo juiz Marcos Faleiros da Silva, titular da vara naquele período, foi evidenciado que o montante arrecadado seria proveniente do tráfico de drogas, roubo de carros, estelionatos, mensalidades, extorsão, e outras atividades ilícitas.

As informações foram descobertas através da interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário e outras investigações, inclusive decorrente de outras operações da Polícia Civil. 
 
Diante da movimentação expressiva da facção, também ficou comprovada através das investigações da operação "Insurgentes", as três principais fontes de arrecadação da facção criminosa.

São elas: a cobrança de mensalidades de traficantes para abertura de novos pontos de distribuição de entorpecentes, uma mensalidade para ser 'membro' do grupo e ainda extorsão de comerciantes.
 
No topo da pirâmide criminosa da facção está Jonas Souza Gonçalves Junior, conhecido como Batman. Parte do dinheiro extraído de atividades ilícitas, ele gastou com joias e correntes em ouro, que posteriormente foram empenhoradas em uma agência bancária.
 
As investigações também apontam que o dinheiro arrecadado com as atividades ilícitas era para compra de diversos veículos. 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet