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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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MUNDURUKU

AGU vai recorrer de decisão que suspende estudo para obras de usina

Foto: Reprodução

AGU vai recorrer de decisão que suspende estudo para obras de usina no Rio Tapajós

AGU vai recorrer de decisão que suspende estudo para obras de usina no Rio Tapajós

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai recorrer, ainda esta semana, da decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, que determinou a suspensão temporária do processo de licenciamento ambiental relativo às obras da Usina Hidrelétrica São Luís do Tapajós, no Rio Tapajós, oeste do Pará, e todas as ações relacionadas ao empreendimento.

TRF suspende “Operação Tapajós” na Terra Indígena Munduruku

Conforme o Olhar Jurídico já informou, o TRF-1 determinou a suspensão da Operação Tapajós, operação policial-militar promovida a mando do governo federal na região da Terra Indígena Munduruku, na divisa entre Mato Grosso e Pará.

Segundo a AGU, atualmente uma equipe de técnicos analisa a flora e a fauna da região com o objetivo colher informações, durante o período da cheia do rio, para avaliar o impacto socioambiental em caso de haver viabilidade do projeto de aproveitamento dos potenciais hidrelétricos de São Luiz do Tapajós e Jatobá.

A AGU afirma que já foram concluídas três etapas, em que as análises ocorreram nos ciclos hidrológicos de enchente, vazante e seca.

O órgão informou que foi adiada para o fim deste mês uma reunião entre representantes do governo federal e lideranças indígenas da etnia Munduruku, que vivem em áreas que serão afetadas pelos empreendimentos.

Na terça-feira (16) o TRF1 informou a decisão do desembargador João Batista Moreira que determinou a suspensão temporária do processo de licenciamento ambiental relativo às obras da Usina Hidrelétrica São Luís do Tapajós, no Rio Tapajós, oeste do Pará, e todas as ações relacionadas ao empreendimento.

Pela determinação, antes de serem feitos estudos de impacto ambiental que demandem a presença de técnicos no local, é preciso haver consulta não apenas aos povos indígenas, mas também às populações tradicionais atingidas, nos moldes estabelecidos na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário.

Na avaliação dos procuradores da República que atuam no caso, a Operação Tapajós impede o diálogo e a consulta como determina a Convenção da OIT. Eles alertam que há o risco de confronto entre policiais e manifestantes contrários à construção de usinas no Rio Tapajós, principalmente os índios da etnia Munduruku.
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