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R$ 1,140 bi desviados

Advogado e assessor são presos pelo Gaeco por suborno e esquema de compra de sentenças

09 Abr 2013 - 09:14

Da Redação - Laura Petraglia e Lucas Bólico

Foto: Reprodução/ilustração

Advogado e assessor são presos pelo Gaeco por suborno e esquema de compra de sentenças
O Ministério Público ofereceu denúncia contra o ex-estagiário de Direito Marcelo Santana, o advogado Almar Busnello, o servidor público Clodoaldo Souza Pimentel, Milton Rodrigues da Costa e Adalberto Pagliuca Filho por um esquema de suborno e venda de sentenças judiciais que envolvia tentativas de transações milionárias. Dos citados, apenas Pagliuca está foragido.

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O alvos da operação, segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), arquitetaram uma ação para facilitar a soltura da família Pagliuca, presa por tráfico de drogas na operação Mahyah, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2011. Conforme o Olhar Direto/ Jurídico noticiou em primeira-mão no dia 28 de janeiro, a família Pagliuca foi solta em decisão do desembargador Manoel Ornéllas no plantão de domingo.

De acordo com o Gaeco, os atos de corrupção apurados durante a investigação destinavam-se à compra de decisão judicial no valor de R$ 1,5 milhão para a soltura de traficantes da família 'Pagliucas'. Por se tratar de uma organização criminosa, a referida ação penal tramita na Vara Especializada contra o Crime Organizado, em Cuiabá.

Operação no Brasil inteiro

As prisões são desdobramento de uma operação maior, realizada em 12 Estados do país. A chamada Operação Nacional contra a Corrupção é destinada a desmantelar esquemas de corrupção.

Segundo informações do Ministério Público Brasileiro, a operação mobiliza ao todo um efetivo de 158 promotores de justiça e 1.300 policiais federais, rodoviários, civis, militares, servidores de Tribunais de Contas, Controladoria-Geral da União, Receitas Federal e Estaduais, e visa cumprir 92 mandados de prisão, 337 mandados de busca e apreensão, 65 mandados de bloqueio de bens, e 20 mandados de afastamento das funções públicas, expedidos pelo Poder Judiciário.

A operação acontece simultaneamente na Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo.

As verbas públicas sob investigação, somadas, ultrapassam um bilhão e cento e quarenta milhões de reais, envolvendo desvios em órgãos municipais e estaduais, pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, enriquecimento ilícito de agentes públicos e outros suspeitos, inclusive empresários.

As investigações que resultaram na operação são conduzidas pelos Ministérios Públicos dos Estados do Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo, em parceria com Ministério Público Federal, Ministério Público da Bahia, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas de Rondônia, Receita Federal, Receitas Estadual-ES, Receitas Estadual-PR, Polícias Civis (CE e RO) e Polícias Militares (CE, ES, MS, MT, PE, PR, RN, RO e SP).

Atualizada às 10h57
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