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Domingo, 28 de abril de 2024

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Banco devolve fazendas avaliadas em R$ 56 milhões para dar fim a processo de falência

Foto: Reprodução

Banco devolve fazendas avaliadas em R$ 56 milhões para dar fim a processo de falência
Para resolver conflito de falência que se estende há 8 anos, o Banco Bradesco e a massa falida da Grupal Agroindustrial firmaram acordo que foi homologado pela juíza Anglizey Solivan de Oliveira, em dezembro passado. Para fazer cumprir as obrigações frente aos credores do processo, o banco devolveu ao grupo duas fazendas, avaliadas em R$ 56 milhões.

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A fazenda Boa Esperança (R$22.500.000,00) e a Xará (R$ 33.647.376,02) chegaram a ser alienadas fiduciariamente em favor do banco no desenrolar do processo, como forma da Grupal quitar as dívidas contraídas.

Do valor total das duas propriedades (R$ 56 mi), R$13 milhões serão usados para pagar o banco, e o restante para saldar o passivo da Grupal. Consta no acordo que o Bradesco acatou a proposta dos treze milhões, uma vez que a dívida total do grupo seria de R$ 30 milhões. O acordo ainda prevê a quitação dos passivos com advogados e demais credores.

“A credora se propôs a entregar à Massa Falida os imóveis, ambos consolidados em favor do Banco Bradesco em razão da garantia fiduciária constante no contrato celebrado entre as partes, desde que, em contrapartida, a Grupal e os sócios quitem a totalidade de sua dívida, oferecendo um desconto de R$16.637.117,80, ou seja, pagando a ela e seus advogados o valor total de R$13.350.000,00, conquanto o valor reconhecido é de R$29.987.117,83”, diz trecho do acordo.

Ao homologa-lo, a magistrada destacou que os falidos e credores objetivaram a resolução do conflito visando usar os milhões oriundos da alienação dos imóveis rurais de maneira prática e célere, para que a massa falida pudesse cumprir suas obrigações com os merecedores dos valores devidos.

“Homologo, por sentença, para que surtam seus efeitos jurídicos, a transação informada e julgo extinto o processo, com resolução de mérito”, proferiu a magistrada.

Falência

Em 2016, após fracassar com o processo de recuperação judicial, as empresas da Grupal tiveram a falência decretada com mais de R$ 197 milhões em dívidas. Formavam o Grupo Palhano a Grupal Agroindustrial S.A., Grupal Corretora de Mercadores Ltda., Itahum Comércio e Transporte, Exportação Ltda., Padrão Agroindustrial Ltda. e a Empresa Mato-Grossense de Agronegócios Ltda.

As empresas figuravam como requerentes de uma recuperação judicial homologada no ano de 2013, procedimento que possuía cerca de 15 empresas interessadas financeiramente.

Todavia, desacordos em reuniões entre síndico e interessados, descumprimento de regras firmadas no momento da homologação e falta de estrutura física para manutenção do processo forçou a falência do conglomerado.

Eles atuavam há anos no mercado de formação da lavoura em plantio, fornecendo insumos para agricultores parceiros. 
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