O desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha comentou nesta terça-feira (25) a decisão de desistir do pleito pela vice presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Conforme esclarecido, a desistência ocorreu após o desembargador Sebastião de Moraes Filho quebrar suposto acordo entre os magistrados.
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Segundo Carlos Alberto, norma disciplina as eleições no Poder Judiciário. “Nós tínhamos um consenso quanto ao menu nome, de ser candidato a vice. Mas a nossa lei, a Loman (Lei Orgânica da Magistratura Nacional), ele é feita em 79, talvez a lei mais retrograda que nós temos até hoje. E ela diz o seguinte: quem é desembargador pode ocupar dois cargos de direção ou um de presidente. Você pode ser vice e presidente, corregedor e presidente. Eu fui presidente, direto, não posse ser mais nada”.
Há possibilidade de concorrer novamente a cargo de diretoria apenas em caso de candidatura única. Carlos Alberto afirma que havia um consenso pelo seu nome. O acordo, porém, foi quebrado por outro desembargador.
“Eu tinha um consenso. Esse consenso é o que: eu só posso ser candidato se ninguém for candidato, eu sou candidato único. E teve um candidato que não retirou. Desembargador Sebastião de Moraes. Como ele não retirou, desembargadora Erotides (Maria Erotides Kneip) e Luiz Ferreira também não retiraram e eu não pude ser candidato. Os outros dois retirariam (Maria Erotides e Luiz Ferreira)”, salientou.
A eleição foi realizada no dia 13 de outubro, em sessão do Tribunal Pleno. A desembargadora Clarice Claudino Da Silva foi eleita presidente. Para a vice-presidência foi eleita a desembargadora Maria Erotides Kneip e para corregedor-geral da Justiça, o desembargador Juvenal Pereira da Silva.
No pleito a vice, o desembargador Sebastião, nome que supostamente quebrou acordo, recebeu apenas um voto. Na ocasião, Sebastião desabafou: “Judas , antes de trair Jesus Cristo, fez estágio no Tribunal de Justiça”.
Expectativa
Carlos Alberto comentou ainda sobre as expectativas em relação à futura gestão. “Clarice é uma pessoa sensata, trabalha na conciliação há muitos anos, coordena a conciliação do Poder Judiciário. Uma pessoa muito tranquila, muito calma, vai fazer um excelente trabalho na presidência”.