O Ministério Público de Mato Grosso se posicionou em defesa da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmem Lucia, após os ataques do ex-deputado federal, Roberto Jefferson (PTB), contra ela. O procurador-geral de justiça, José Antônio Borges Pereira, emitiu a manifestação de repúdio neste domingo (23), e classificou as ofensas como “inaceitáveis” e misóginas. Além disso, apontou que a liberdade de expressão não deve servir para encobrir ataques de ódio.
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Roberto Jefferson usou o perfil de twitter da sua filha Cristiane Brasil (PTB-RJ) para ofender Carmem Lucia. Em vídeo publicado na sexta-feira (21), ele comparou a magistrada a uma prostitua e referiu-se a ela como “Bruxa de Blair” e “Carmem Lúcifer” por ela ter votado a favor da punição contra a Jovem Pan. As contas de redes sociais de Cristiane foram retida neste domingo após ações da PF contra o pai.
A respeito das declarações do ex-deputado, José Antônio Borges publicou “o mais eloquente repúdio às declarações absolutamente inaceitáveis e do mais baixo calão do ex-deputado Roberto Jefferson contra a ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia”.
Borges classificou Carmem como detentora de trajetória jurídica e moral invejáveis e apontou as falas de Jefferson como ofensivas à moral da ministra e, além disso, carregadas de misoginia, “ofendendo a todas as mulheres brasileiras”.
“A liberdade de expressão é valor sagrado do Estado Democrático de Direito, mas deve ser exercida com responsabilidade e respeito, não devendo servir para encobrir ataques de ódio de qualquer natureza”, finalizou o procurador-geral.