Procurador-Geral da Assembleia Legislativa em Mato Grosso (ALMT), Ricardo Riva pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que seja apreciada a possibilidade de se manter o resultado de eleição para Mesa Diretora que escolheu o deputado estadual Max Russi (PSB) presidente.
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Em ferreiro de 2021, com 20 votos sim, um não e dois brancos, o deputado Max Russi foi eleito e tomou posse no lugar de Botelho (DEM). O pleito obedeceu a liminar do ministro Alexandre de Moraes, que vedou recondução na Mesa. Agora o processo é examinado em seu mérito.
Na manifestação, datada de sexta-feira (8), o procurador-geral da ALMT afirma que a Casa de Leis já aprovou e promulgou uma emenda constitucional que proíbe a reeleição a qualquer cargo da Mesa Diretora, dentro da mesma legislatura. Haveria assim, a perda do objeto da ação.
O membro da ALMT pede que “seja apreciada a possibilidade de se tornarem definitivos os efeitos da medida cautelar deferida em 22/02/2021, mantendo-se, consequentemente, o resultado da eleição realizada no dia 23/02/2021, em consideração à alteração realizada na CEMT, máxime aos motivos que a embasaram, bem como ser mais consentâneo com a pacificação do caso concreto (caso se entenda incontroversa a demanda devido à convergência entre o pedido da inicial e as condutas da ALMT), seja em caso de ser reconhecida a perda superveniente do objeto da ação direta de inconstitucionalidade, como no caso de se conceder interpretação conforme”.
O caso
No dia sete de outubro, o ministro Gilmar Mendes, do STF, devolveu ações que julgam possibilidade de recondução. O magistrado havia pedido vista. Processos voltam para julgamento virtual entre os dias 22 de outubro e três de novembro. Há a possibilidade de o deputado Botelho ser reconduzido.
O ministro Alexandre de Moraes, relator, já havia votado confirmando liminar que determinou a realização de nova eleição na ALMT. Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes se manifestaram pelo restabelecimento de Mesa presidida por Eduardo Botelho, proibindo reconduções apenas em casos futuros.