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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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pai e filho mortos

Em júri, réu confesso por assassinato de procuradores rompe silêncio para pedido de desculpas

Foto: TJMT

Em júri, réu confesso por assassinato de procuradores rompe silêncio para pedido de desculpas
José Bonfim Alves Santana, acusado pelo duplo homicídio triplamente qualificado dos procuradores Saint’Clair Martins Souto e Saint’Clair Diniz Martins Souto, pai e filho, não respondeu questionamentos realizados nesta terça-feira (6), durante júri popular na cidade de Vila Rica (1.259 km de Cuiabá).

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O réu confessou os crimes de homicídio e porte ilegal de arma, mas não reconheceu os crimes de ocultação de cadáver e fraude processual. Ao final, Bonfim pediu autorização para se desculpar.
 
“Primeiramente eu queria pedir desculpa às famílias da vítima. Pedir desculpa à população de Vila Rica, que me aponho muito bem nessa cidade, no tempo que estive aqui. Pedir desculpa para a bancada aqui, eu dependia deles para o meu absolvimento, mas vamos ver o que acontece. E ao povo que veio assistir. A expectativa era ouvir um depoimento mais específico. No momento achei por não opinar. Não falar nada”, disse o réu.
 
Após o pedido de desculpas, começaram os debates entre a acusação e defesa. O Ministério Público terá uma hora e meia, juntamente com a assistente de acusação que é viúva e mãe das vítimas, Elizabeth Diniz Martins Souto, e o advogado Mário Alves Ribeiro.
 
O mesmo tempo é concedido à defesa, posteriormente. Há ainda uma hora para a réplica da acusação e outra para a tréplica da defesa, totalizando cinco horas desta etapa.
  
Ao fim dos debates, os jurados são questionados se estão em condições de proferir o julgamento, caso afirmativo, as demais pessoas se retiram do recinto para fazer a votação secreta, que será feita na presença do juiz, advogados, Ministério Público e jurados.
 
Ao final, o juiz passa a ler os quesitos que serão postos em votação e, definida a condenação ou absolvição do réu, a sentença é dada pela maioria dos votos. Após essa etapa, o juiz faz a dosimetria da pena e lê a sentença no salão do júri, diante do réu e de todos presentes.

O caso

Acusação formulada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE) afirma que as vítimas foram assassinadas após descobrirem que o gerente da fazenda do qual eram donos estava praticando furto de gado.
 
Segundo consta processo, no dia 9 de setembro de 2016, na Fazenda Santa Luzia, zona rural de Vila Rica, o denunciado matou Saint Clair Martins Souto. Logo depois, também assassinou Saint’Clair Diniz Souto durante emboscada. Os corpos das vítimas foram ocultados. Crime acabou descoberto apenas dias depois.
 
José Bonfim foi preso no município de Colinas do Tocantins (TO). Comprovou-se que as execuções ocorreram pelo uso de um revólver calibre 38.

(Com informações da assessoria)
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