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Sábado, 18 de maio de 2024

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prisões por extorsão

Advogado pede perícia em vídeo e extrato telefônico para provar que foi procurado por jornalistas; ouça aúdio

Advogado pede perícia em vídeo e extrato telefônico para provar que foi procurado por jornalistas; ouça aúdio
O advogado José Antônio Rosa afirmou que já requereu ao delegado Marcel de Oliveira Gomes que sejam feitas perícias nas gravações da suposta tentativa de extorsão perpetrada pelos jornalistas Pedro Ribeiro e Laerte Lannes a fim de comprovar a integridade do vídeo, além de ter solicitado seu extrato telefônico para comprovar ter sido procurado por eles e não o oposto. Os dois foram presos na semana passada, no dia 30,  pela prática de extorsão. 


As medidas anunciadas por Rosa, nesta segunda-feira (5) ao Olhar Jurídico, servem como resposta à entrevista coletiva dada na sexta-feira (2) pelos dois jornalistas suspeitos de terem tentado extorquir o conselheiro Antônio Joaquim, do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Eles colocaram a disposição o sigilo bancário e telefônico, além de acusarem José Rosa de ter editado a gravação e forjado o flagrante no qual foram presos.

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“Os dois procuraram o Bebeto (secretário de Comunicação do TCE), que ameaçou chamar o Gaeco para eles. Depois eles procuraram outro jornalista, que levou a informação até o Américo que falou com o Antônio Joaquim e mandou eles tratarem comigo. A partir de então eles começaram a me ligar alternadamente. O Pedro através de um celular e o Laerte através de um número fixo que à polícia ele disse ser da casa dele. Eu só liguei duas vezes para eles, após todas as tentativas deles”, resumiu José Rosa.

Ainda de acordo com o advogado as declarações dos dois jornalistas, mostradas nas gravações, são auto explicativas e mostram a intenção de ambos em extorquir Antônio Joaquim. Ele destaca um momento em que Laerte diz explicitamente ter sido contratado para iniciar uma campanha contra o conselheiro. 



Em outro momento, o vídeo mostra Larte a pedir para Zé Rosa colocar os dois cheques de R$ 10 mil no envelope. O que contrária a declaração dele de desconhecer o conteúdo.



Para ouvir o áudio completo da degravação, clique AQUI.

No vídeo, publicado anteriormente pelo Olhar Direto, eles negociam o fim da publicação de matérias contra Antonio Joaquim e a entrega de provas de denúncias que teriam contra o conselheiro. O valor exigido por ambos é anotado em um papel e entregue ao advogado. Conforme José Rosa, eles pediram R$ 50 mil, e acabaram aceitando R$ 20 mil ao final da negociação, quando receberam os cheques com o valor.

Ao deixar o escritório, Pedro e Laerte foram presos pela Polícia Civil, que aguardava para dar o flagrante. O delegado responsável pelo caso, Marcel Gomes de Oliveira, explicou à reportagem que foi um flagrante esperado, ou seja, ao saber que um delito poderia acontecer, a polícia esperou no local para prender o criminoso em flagrante. Dias depois foram soltos e responderão ao crime em liberdade.

“Esperamos eles cometerem o crime, ou seja, pedir o dinheiro e receber os cheques, para então prendê-los. Não foi um flagrante preparado, porque não induzi ninguém a cometer o crime. Foi um flagrante esperado. São coisas diferentes”, afirmou o delegado.
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