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Domingo, 19 de maio de 2024

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OPERAÇÕES

Ararath, Imperador, Ventríloquo e Metástase investigam desvios na AL e pedem reembolso de R$ 254 milhões

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Ararath, Imperador, Ventríloquo e Metástase investigam desvios na AL e pedem reembolso de R$ 254 milhões
Nos últimos dois anos o Ministério Público de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), deflagrou quatro operações para combater supostas quadrilhas especializadas em desvio de dinheiro público enraizadas na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Em conseqüência à Ararath, Imperador e Ventríloquo, já foram protocolizadas nove ações na Justiça estadual, pedindo o reembolso de aproximadamente R$ 252 milhões. A Operação Metástase, desencadeada nesta quarta-feira (23) analisa um rombo no montante de R$ 2 milhões, entre o período de 2011 e 2014.


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Em dezembro de 2014 foram impetradas sete ações contra inúmeros políticos e figuras de destaque público devido ao envolvimento nos esquemas investigados na Operação Ararath. O ex-governador Silval Barbosa, o senador Blairo Maggi e o ex-deputado estadual José Riva são personagens constantes dos autos. No total, o MPE pediu o ressarcimento de R$ 181.986.516,95 aos cofres públicos.

Mesmo partindo de um cerne igual, um sistema irregular de bancos clandestinos para lavagem de dinheiro e financiamento de interesses particulares, as ações da Ararath se dividem em uma teia de corrupção nos poderes Executivo e Legislativo. A estimativa inicial do Gaeco era que as movimentações irregulares ultrapassariam os R$ 500 milhões. As investigações ainda estão em andamento e nova fases serão desempenhadas.

Já em 2015, a Operação Imperador, deflagrada em 21 de fevereiro pelo Gaeco, ocasião em que Riva foi preso em sua casa, no bairro Santa Rosa, em Cuiabá, versa sobre um suposto combinado corrupto que lesou os cofres públicos em cerca de R$ 62 milhões. O ex-parlamentar e sua esposa, Janete Riva - que atuava como secretária de Administração e Patrimônio da Casa de Leis - foi denunciado juntamente com outras 13 pessoas, entre servidores e proprietários de cinco empresas utilizadas no 'esquema'. A fraude, conforme o MPE, ocorreu no período de 2005 a 2009.

A Operação Ventríloquo, iniciada em julho de 2015, teve início a partir da delação premiada do advogado Joaquim Miele, que representava o banco HSBC em uma demanda contra a Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O advogado teria entregue à Justiça todo o esquema, no valor de R$ 10 milhões, envolvendo o antigo Banco Bamerindus, atual HSBC, durante gestão do ex-deputado Riva. Júlio Cesar Dominques, Andenson Flávio de Godói e Luiz Márcio Bastos Pommot também tornaram-se réus.

A última operação, chamada Metástase, realizada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa do Ministério Público Estadual, apontam desvios na ordem de R$ 2 milhões dos cofres da Casa de Leis. As fraudes, conforme o Gaeco, foram cometidas por meio de compras fictícias de marmitas e materiais gráficos com a utilização de verbas de suprimentos, entre os anos de 2011 a 2014.

Novas ações, com mais pedidos de ressarcimento são esperadas, para os próximos meses.

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