Olhar Jurídico

Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Criminal

Empresário explica como funcionava "clube" criado para participar de licitações

O executivo Augusto Mendonça Neto, presidente da Setal Engenharia, uma das empresas acusadas de formação de cartel e pagamento de propina em contratos com a Petrobras, confirmou à CPI que investiga irregularidades na estatal que havia um “clube” de empresas que se reuniu para participar das licitações da estatal.

“Era uma forma de as empresas se protegerem diante da força da Petrobras. Se proteger de modo a não competirem entre si”, explicou.

Segundo a Polícia Federal, participavam como membros principais desse “clube” as empresas Galvão Engenharia, Odebrecht, UTC, Camargo Corrêa, Techint, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Promon, MPE, Skanska, Queiroz Galvão, Iesa, Engevix, Setal, GDK e OAS.

Mendonça disse que o clube começou em 1997 com apenas nove empresas. Mas que o número foi ampliado em 2003 e 2004, quando a Petrobras retomou seus investimentos, principalmente no setor de refino. “O grupo ganhou efetividade com a relação dos dois diretores [Paulo Roberto Costa e Renato Duque]”, disse o executivo.

Segundo ele, a partir da relação com Costa e Duque, e o conseqüente pagamento de propina, a Petrobras deixou de convidar novas empresas para participar das licitações.
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