Ao deferir decisão favorável a revogação da prisão do ex-secretário de Estado, Eder de Moraes Dias, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli determinou- como uma das medidas de proteção para não interromper o curso das investigações da Operação Ararath - que o réu está proibido de manter contato com 23 pessoas que são alvos da investigação da Polícia Federal (PF).

Uma das pessoas que aparece na lista do ministro do STF é a empresária Laura Tereza da Costa Dias, esposa de Eder e que já é ré no processo que tramita na 5ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso. A empresa da mulher de Eder Moraes, Laura Dias teria recebido R$ 45,5 mil de Júnior Mendonça em 24 de junho de 2009. Também foi verificado a existência de outros depósitos em nome de Laura Dias.

Ministro assina alvará de soltura e Eder Moraes é colocado em liberdade

Conforme a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que já foi aceita pela Justiça Federal, Laura Dias é acusada de, agindo em conluio com o esposo, ter por nove vezes cometido o delito de ocultar, ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.

Mantenha distância 

O ex-secretário também não pode manter contato com outros investigados na Operação Ararath, entre eles o governador Silval Barbosa; o senador Blairo Maggi; os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado Humberto Bosaipo e Sérgio Ricardo; o ex-conselheiro do TCE Alencar Soares; o desembargador Evandro Stabile; o procurador-geral de Justiça Paulo Prado; o promotor de Justiça do Gaeco Marcos Regenold; Júnior Mendonça, Cláudio Mendonça, Fernando Garutti, Vivaldo Lopes, Geni Martelli, Kleber Tocantins, Alex Tocantins, Luís Carlos Cuzziol, Leandro Valoes Soares (filho de Alencar Soares), Vanessa Navarro Alvarenga, Roberto Alvarenga, Gloria Aparecida Navarro Alvarenga, Marcos Tolentino da Silva e Alex Monatnari Ortolan.

O ministro Dias Toffoli determinou ainda que Eder Moraes está proibido de deixar o país, o passaporte do ex-secretário está sob o poder da Polícia Federal. Ele não pode deixar Cuiabá e nem sair de casa aos fins de semana e durante a noite. 

Eder foi preso na terça-feira (20) da semana passada em uma cela do Centro de Detenção Provisória de Brasília (DF). Para conseguir revogar a prisão de Eder Moraes, entre outros argumentos, foi alegado que o réu não apresenta risco as investigações, uma vez que sempre colaborou com a Justiça quando requisitado.