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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

Notícias | Civil

Caso Maiana

Família de menor assassinada pede indenização de R$ 1 milhão a ex-namorado apontado como mandante

Foto: Katiana Pereira

Suely Mariano, mãe de Maiana no destaque

Suely Mariano, mãe de Maiana no destaque

O empresário Rogéro Amorim, acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ser o mandante do assassinato na menor Maiana Mariano, também está sendo alvo de uma ação civil por danos morais com pedido de indenização de R$ 1 milhão.

A família da menor ajuizou uma ação que está em trâmite na 21ª Vara Cível da Capital, cujo titular é o juiz Emerson Cajango. A garota foi assassinada por dois capangas em dezembro de 2012, a mando do então namorado Rogério Amorim, segundo a denúncia oferecida pelo órgão ministerial.

TJ-MT concede liberdade a réu confesso do assassinato de Maiana Mariano em Cuiabá

São autores da ação: Suely Cícero Mariano, Danilo Raul Mariano Vilela e o menor R.V. M, que tiveram deferidos pelo magistrado os benefícios da Justiça Gratuita. Cajango também determinou a citação de Rogério para responder a ação em um prazo de 15 dias, sob pena de se presumir aceitos como verdadeiros os fatos contidos na ação inicial.

Bloqueio de bens

O acompanhamento processual no site do TJ-MT, com data do dia 6 de maio de 2013, informa que: "os requerentes ingressaram com a presente ação originalmente perante a 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Cuiabá, por dependência aos autos da Ação Penal nº 4242-73.2012.811.0042".
 
Os autores pleiteavam à concessão de liminar de indisponibilidade de bens de Rogério, até que seja alcançada a quantia de R$1.092.995,16, bem como a indisponibilidade de bens em nome da sociedade E.P. Pré-Moldados Ltda., de propriedade do empresário.

A justificativa apresentada pelos autores seria "para garantir a utilidade de futuro provimento jurisdicional em que restará assentada a responsabilidade civil do requerido pela morte de Maiana Mariano, filha e irmã dos requerentes".

O Juízo da 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher declinou da competência para julgar os autos, que foram redistribuídos a 21ª Vara Cível.


Rogério Amorim- apontado com o mandante do crime pelo MPE

O caso


Maiana Vilela, 16, desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a jovem foi vítima de um plano cruel para o seu assassinato, supostamente tramado pelo ex-namorado Rogério Amorim.

Na denúncia, o MPE sustenta que Rogério contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre para executarem a menor. Ele deu um cheque de R$ 500 para Maiana descontar no Banco Itaú, no CPA 1.

Ela teria que levar R$ 400 desse dinheiro para pagar um caseiro, em uma chácara, na região do bairro Altos da Glória. Esse pagamento era parte do plano de Rogério para atrair Maiana para o seu algoz.

A garota foi até a chácara, entregou o dinheiro para Paulo, que a matou em seguida, por asfixia. Ele teve a ajuda de Carlos Alexandre. A dupla colocou a menor no banco traseiro de um automóvel Uno, de cor prata, que pertencia a Paulo. Eles levaram o corpo de Maiana até a empresa de Rogério, no bairro Três Barras, para que ele comprovasse a morte da ex-namorada.

Depois disso, o corpo da menina foi enterrado em uma área afastada na estrada da Ponte de Ferro, a cerca de 15 km de Cuiabá. O corpo de Maiana foi resgatado por policiais, após terem prendido a quadrilha. O caso teve grande repercussão da imprensa local e causou comoção social.

Foram pronunciados pelo crime: Rogério Amorim, Paulo Ferreira Martins e Carlos Alexandre da Silva Filiação. Todos vão a júri popular e respondem o processo em liberdade.

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